quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Por que a sensação de não pertencer a este mundo?


O sofrimento causado pela sensação de “’não pertencimento” é grande e doloroso e se você passa por esta situação, sabe bem como é difícil viver num mundo em que se sente isolado ou diferente como um alienígena.

Você conhece o transtorno espiritual do “Não Pertencimento”?

Os transtornos espirituais são as neuroses e psicoses, psicopatologias, deficiências e enfermidades do corpo e da alma, que o espírito trata no hospital terreno. Vejamos a jornada no plano terreno como uma oportunidade de cura para o espírito.

A sensação de não pertencimento, ao contrário do que alguns têm pregado, significa a falta de adequação aos relacionamentos e ao ambiente e não uma exclusividade de alguns espíritos mais “evoluídos” ou diferentes.

É sempre bom ter cuidado com explicações e caminhos fáceis para o comportamento humano, que muitas vezes, prejudicam mais que ajudam, porque nos fazem usa-los como justificativas para nossas atitudes, como uma bengala em que apoiamos para não ter que lidar com as dificuldades que trazemos em nosso espírito.

Evitar a porta larga, como Jesus nos alerta em sua parábola, sempre é o melhor caminho para não cair nas tentações do ego.
"Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem" ( Mt 7:13 -14).

Todo ser humano tem a necessidade intrínseca de se relacionar e pertencer a um grupo. Quando não acontece, ele busca um modo de amenizar seu sofrimento interno. Algumas vezes se familiarizando com ideias e explicações que perigosamente trazem um consolo ao ego, sobre o seu estado emocional e mental. Neste sentido, quero citar aqueles que adotam o enredo que a falta de adequação de uma pessoa é fruto de suas grandes qualidades, em se comparando com a humanidade e que ela provavelmente é de origem extraterrena de civilizações mais adiantadas e por aí afora.

Somos criaturas em aprendizado e pouco evoluídas e precisamos ser mais humildes neste contexto, para que a ilusão não se torne maior do que já é. Um extraterrestre ou qualquer espírito mais evoluído que a grande massa humana, jamais se sente isolado, nesta sensação de não pertencimento, porque ele não vive na dimensão do ego.

O ser mais evoluído tem em sua manifestação a base do amor incondicional e da compaixão que o leva ao entendimento do outro como parte de si mesmo, como irmãos pertencentes a mesma Grande Família Universal e a Deus como o Todo.
A sensação de não pertencimento é um problema e não uma solução. Quando mais o espírito se isola, mais se perde de sua essência e de sua consciência.

As questões relacionadas ao transtorno espiritual de “não pertencimento” devem ser analisadas a partir da gestação e infância e também pelo olhar atento as vidas passadas. Um espírito quando se sente isolado do mundo, das pessoas, da família, está envolvido nas malhas do ego e da falta de percepção, num estado de alienação.

Já ouvi relatos de clientes sobre a sensação de estranheza e o questionamento, desde a infância, sobre o porquê de estarem aqui, neste planeta.  Alguns sentem um grande mal-estar energético, percebem a densa camada de energia deletéria que envolve o planeta e ainda a sensação de saudade de algum outro lugar.

A causa pode ter suas raízes na falta de acolhimento dos pais, o sentimento de abandono e autoestima baixa. Na terapia tratamos a criança interior, dando-lhe proteção, para que ela refaça seu crescimento, desenvolvendo sua autoestima e seu potencial amoroso, que a retira do isolamento.

Também devemos tratar a esfera espiritual, porque estes casos nos remetem as vidas passadas, em que há uma forte identificação e apego do espírito a elas e uma rebeldia interior de não aceitação desta vida atual.

Entrar pela “porta estreita” como nos recomenda o mestre Jesus significa aprender, crescer e evoluir espiritualmente pela porta estreita da reencarnação, que nos conduz as dificuldades do convívio diário com pessoas tão problemáticas quanto nós mesmos. 
Espíritos afins que se encontram na camada terrena das experiências cotidianas. Como uma prisão temporária ao espírito recalcitrante ou como a visão de um paraíso terreno, para aquele que já vibra na condição da compaixão por seus semelhantes.

Namastê


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