domingo, 22 de março de 2020

Transformação: A porta estreita que precisamos atravessar!


Transformação é um movimento em que a energia estagnada e doente, que tem causado dor, volta a fluir a partir de uma mudança de atitude. Num mesmo corpo, uma nova postura promove a transformação.
Para quem procura terapia em momentos difíceis, ainda é bastante complicado explicar o lugar que o paciente precisa ocupar no ambiente terapêutico. Além das diversas versões terapêuticas, o essencial precisa ser esclarecido. Não devemos desviar ou tentar rotas alternativas, o enfrentamento do problema é a única forma de resolvê-lo. Eu estou neste planeta e aqui terei que continuar...
Na parábola da porta estreita, Jesus quer nos mostrar que não haverá solução sem enfrentamento. Diferentes de um animal, que ainda reage pelo medo, nós precisamos alcançar a consciência que nos faz agir com lucidez. Isto é o que nos diferencia dos animais. E este é nosso grande conflito: agir e não reagir.
As crises sempre existirão e nós teremos que passar por elas na vida. O que muda é como escolhemos vivê-las. O Homem está sempre em busca do conhecimento, mas sua motivação, infelizmente, quase sempre é conhecer para controlar. A necessidade de prever o dia de amanhã e escapar dos perigos, é natural, mas não pode servir como guia, como medida de segurança.
Hoje estamos confinados a um doloroso aprendizado em que nos refugiamos em quarentena e ao mesmo tempo refletimos sobre nossa forma de viver no mundo. Estamos entre os limiares do medo e do isolamento e da necessidade de aprender a viver em coletividade.
Estamos no mesmo planeta e quase sempre esquecemos disto. Distanciamo-nos da realidade em muros de ilusão e separatividade. Porém, somos hoje confrontados pela verdade absoluta que a Natureza impõe: não podemos controlar o que não está ao nosso alcance.
Imagine que um grupo de pessoas precise alcançar o topo de um muro para ultrapassá-lo. Sem escadas ou qualquer outro recurso, elas terão que se unir e construir uma escada humana. A lição é que agir em coletividade é sempre muito melhor, mas com consciência.
Outra lição é que o muro que construímos é o mesmo que teremos que ultrapassar, algum dia. Vamos entender o muro como sendo o que simboliza o medo e a intenção de controlar e se sentir seguro. Uma medida de contenção as vezes é necessária, mas sempre causa danos, que posteriormente devem ser restaurados. Hoje estamos nos privando do convívio social e amanhã quando tudo passar, precisaremos contar os números do prejuízo econômico e social.
A vida é fluxo, é continuidade, represar é estagnar. Em terapia, no vinculo psicoterápico, a primeira regra que o paciente deve assimilar é que o lugar de terapia é um espaço de enfrentamento e não de fuga. Mas, por que estou falando sobre enfrentamento terapêutico e a situação do planeta neste momento?
Simples, para você entender que crises devem ser enfrentadas e não negadas. Não se desvie da porta e do caminho estreitos que o levarão verdadeiramente ao que tem buscado. Os desvios são as fórmulas mágicas de cura, que só servem para enganar, como a maça envenenada que a bruxa oferece para Branca de Neve.
Com base nos meus atendimentos, reconheço que muitas Brancas de Neve me procuram e me pedem para que eu seja a bruxa. Não, este não é o meu papel. Seriei sempre o personagem que indicará o caminho da perigosa floresta onde encontrarão o sábio.
Jesus, soube, sendo um grande mestre, trazer em suas parábolas um manual, indiscutivelmente excelente, para nos guiarmos na vida:
Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

Mateus 7:13,14
Namastê
Somos parte de um Plano Maior!

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