Nadya Prado aborda temas e orientações sobre espiritualidade, mediunidade, saúde integral, terapia transpessoal e naturopatia.
sexta-feira, 25 de julho de 2014
MEDIUNIDADE SEM FRONTERIAS
Quero, junto a você, elucidar o significado da mediunidade de uma forma ampla e transreligiosa. Entender como podemos e devemos utilizá-la em benefício de nós mesmos e do próximo.
Cada um de nós procura de uma forma mais ou menos profunda, mais ou menos consciente, ir ao encontro de nossa essência espiritual.
A espiritualidade está presente, mesmo que latente, em todos nós.
São muitas as religiões e caminhos que o ser percorre na busca pela completude.
A completude é um sentimento de harmonia e de paz consigo mesmo e com o mundo à nossa volta.
Mesmo que muitos não tenham ainda a consciência da multidimensionalidade que trazem, de uma forma inconsciente, suas almas os fazem sentir a falta que o contato com a espiritualidade produz. Há um vazio interior que nada consegue preencher.
As doenças do corpo e da mente são consequências da deficiência da conecividade espiritual na vida.
No mundo atual, deixamos de integrar à nossa rotina diária o alimento espiritual.
Não me refiro às imposições religiosas, das quais sou contra, porque ao invés de nos libertarem nos tornam prisioneiros de suas doutrinas. As religiões podem ser úteis como um lenitivo para as adversidades da vida cotidiana, mas, perdem-se na falta de entendimento do homem integral e da complexidade que se esconde no egoísmo.
O alimento espiritual é a conexão direta que fazemos com a nossa essência Divina. Sem ela, ficamos vulneráveis aos desequilíbrios e as perturbações, que assistimos diante dos nossos olhos também por toda a parte, distribuídos por todos os cantos do planeta.
A conexão com o Divino nos coloca na energia do Amor Incondicional e nos imuniza contra os desequilíbrios espirituais.
A mesma dor e o mesmo sofrimento que assolam o planeta atingem cada um de nós em nosso microcosmo.
A Terra está em constante mutação, assim como todo o Universo. A impermanência é o caminho da transformação, que mantém o fluxo da manifestação Divina e que nos serve como aprendizado.
A evolução humana está intimamente atrelada à evolução interior de cada um de nós.
Dizem que o bem é capaz de anular todo o mal. Isso é verdade e, a cada homem que se eleva em sua frequência vibratória, uma grande massa de negatividades é dissipada.
Os médiuns têm em sua parafisiologia e fisiologia uma aparelhagem mais apurada. Todos somos médiuns, porém em variados graus.
A humanidade aos poucos, será desperta, os médiuns estão trazendo á tona a grande revelação, a qual o espiritismo se refere. Somos espíritos imortais.
Neste momento em que o planeta se transforma de um mundo de resgates e provas para um mundo de regeneração, a transformação humana ocorre em sintonia. O homem vem se tornando mais sensível as emanações sutis. Tem mais facilidade em se comunicar com as outras esferas dimensionais.
As novas gerações vêm, cada vez mais, trazendo à flor da pele a espiritualidade que preside todas as coisas.
Vemos nos espíritos que reencarnam atualmente, a exacerbação da mediunidade, seja equilibrada ou aflitiva. Espíritos com um dom mediúnico mais intenso, que se revelam tanto sob o domínio da luz quanto das trevas.
Os médiuns equilibrados estão trazendo ao mundo mais conhecimento, mais consciência. Ajudando na evolução humana e na iluminação dos seres.
Já, os médiuns aflitivos são aqueles que ainda não se afinaram a sua nova constituição. São sensíveis às dimensões sutis mais continuam cegos sob o controle do ego.
Os homens em sua maioria, estão sofrendo pela mediunidade aflitiva. Transtornos psicológicos e físicos, tratados como doença do corpo, mas que na verdade são resultado da falta de afinidade e conexão com a frequência unificada e amorosa de Deus.
Médiuns desequilibrados espalhados dentro e fora das comunidades religiosas. O egoísmo que impede a ascensão espiritual.
No planeta Terra que surgirá em nova fase de regeneração, os homens se comunicarão com a dimensão astral com a naturalidade e consciência devidas.
Estamos adentrando uma nova era. Hoje avistamos o bem e o mal sem tantos disfarces. A massa humana está globalizada e o fácil acesso a informação, beneficia a promoção do conhecimento e a ampliação dos limites impostos pelas culturas e sociedades fechadas em suas próprias crenças. Faz proliferar também o mal que vem à tona para ser extirpado pela luz.
É tempo de reconhecer o bem e a luz que nos habita.
O oriente e o ocidente estão se fundindo em prol dos homens. O conhecimento integral que possibilita a remoção da ignorância que sustenta o ego.
A mediunidade deve ser o sentido que integra o homem espiritualizado e serve como orientação, como bússola em sua trajetória.
O médium transreligioso deve adquirir o autoconhecimento e deixar para trás as crenças que o limitavam. Tornar-se um espírito livre que em seu reencontro consigo mesmo, integra sua natureza humana à espiritualidade.
Isso significa que o homem está se capacitando para um novo período de regeneração.
Quem não se adaptar às novas condições será expurgado para mundos que ainda estejam na mesma vibração que o planeta Terra esteve até então.
Para participar do mundo regenerativo precisamos despertar nossa consciência.
O equilíbrio mediúnico virá à medida que compreendermos a dominação do ego em nosso mundo interior e pela conexão com nosso eu superior.
A prática mediúnica não deve se restringir ao ambiente religioso. Somos médiuns 24 horas por dia. O médium tem que compreender sua mediunidade em todos os âmbitos. Em sua vida pessoal, familiar, profissional e social, a mediunidade está sempre presente.
Praticar a mediunidade de forma produtiva e equilibrada, não é apenas ser voluntário numa instituição religiosa.
A mediunidade sem fronteiras é livre de preconceitos e dogmatismos.
Não podemos nos culpar como nos ensinam as religiões, punirmo-nos num papel de vítima. Fazer apenas ao próximo, esquecendo-se de nós mesmos. Não se faz o bem ao próximo sem que se faça também o bem a si mesmo.
Amar ao próximo como a si mesmo significa que precisamos amar a nós mesmos, porque somos essência Divina. Assim assumimos nossa luz interior e temos condições de espalhá-la ao outro.
Alguns trabalhadores espíritas estão mais doentes que os doentes que recebe.
O trabalho numa mesa de desobsessão, por exemplo, requer do médium uma grande dose de amorosidade, autoconhecimento, equilíbrio e técnica. Se lhe falta um ou mais itens, ele será o primeiro prejudicado.
Para um médium de incorporação trabalhar recebendo obsessores, há a necessidade de muito equilíbrio. E esse equilíbrio vem através do amor a si mesmo. Não dá para amar ao outro sem amar primeiro a si.
Sempre deixando claro que há uma grande diferença do sentido do amor compassivo e do amor egóico.
Eu não estou falando de amar a si mesmo egoisticamente. Eu estou querendo dizer que precisamos gostar de nós mesmos. Precisamos abraçar, acarinhar, acreditar em nosso potencial. Precisamos nos sentir iluminados. Parar de fazer o papel de vítima e passar para o papel de responsável por si e por distribuir ao outro o nosso bem estar interior.
Então aí está a diferença. Quando o médium compreende que ele não é culpado por nada, não é castigado por seu dom e que não deve ser motivado pelo medo e sim pelo amor, tudo começa a melhorar em sua vida.
Porque como já falamos, somos médiuns 24 horas por dia. Em nossa casa, em nosso trabalho, em todos os ambientes que frequentamos e em nosso planeta Terra.
O médium tem como compromisso cuidar de si. Amar a si mesmo para ajudar transformar o mundo.
Participar ativamente da mudança constante a qual estamos inseridos.
A transformação planetária tem como agentes e protagonistas todos nós, sem exceção.
Portanto, peço aos médiuns a humildade de reconhecerem a necessidade de abrirem mão de suas crenças, para realizarem uma nova jornada, que não exclui ninguém.
Espiritualidade e mediunidade sem fronteiras. Assim podemos acessar não só os espíritos de vestes que em nossa cultura e na doutrina espírita são aprováveis, como também os espíritos de vestes diferenciadas, como os xamãs, os pretos velhos e os espíritos do oriente.
Essas falanges que vem se apresentando a nós nos últimos tempos, tem trazido um novo entendimento a orbe terrestre.
São espíritos de sublimada evolução espiritual que se colocam a disposição para nos auxiliar na evolução planetária.
Não são umbandistas nem tão pouco espíritas. Não carregam bandeiras religiosas. Promovem a consagração do conhecimento universalista transreligioso e sem fronteiras.
Nessa nova onda, estamos conectados tanto aos seres terrestres como também a todos os seres extraterrestres.
Portanto, conecte-se 24 por dia. Como?
Esteja presente em seu dia. Acorde e agradeça ao seu corpo, a natureza, ao sol, a Deus. Pratique meditação, esteja no aqui e agora.
Viva cada momento com generosidade, para si e para o outro.
Ame a tudo e a todos.
Não é fácil? Não, não é.
Você precisa estar determinado a reconhecer suas negatividades, aceitando e perdoando a si mesmo. Você perceberá que o mal é apenas o caminho para o reconhecimento do bem.
A doença, a morte, a dor... São bênçãos que nos fazem despertar.
O outro é o nosso espelho.
Se quiser falar com Deus, abraçá-lo e amá-lo, basta olhar para o outro e nele o encontrará. Então, Deus sou eu e o outro.
Gosto de trazer como exemplo a vela acesa que não pode perceber sua luminosidade diante da luz do sol. Ela não reconhece sua própria luz. Mas, então a noite chega sem luar. O breu é tanto que finalmente pode notar e reconhecer sua chama!
Paz e Luz além das fronteiras!
Salve!
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