terça-feira, 6 de junho de 2023

A Doença como Sintoma



 O que faz uma pessoa ser diferente da outra em sua personalidade e também em seu corpo, sua imunidade e desequilíbrios da saúde? 

São peculiaridades que tornam cada pessoa um ser único e que deve ser avaliada a partir desta premissa.

O seu corpo e suas palavras são a expressão de seu ser interior. Portanto, chegamos a conclusão de que o que acontece aí dentro de você reflete do lado de fora. Devemos nos focar em saúde como um estado dinâmico interno que produz um estado de equilíbrio ou desequilíbrio externo.

O paradigma que tem orientado os tratamentos de saúde baseado na doença e não nas pessoa, deve ser substituído pela compreensão que o sofrimento mental e as dores do corpo, são sintomas.

Escutar o sofrimento do paciente e avaliar suas dores nos levam as raízes de seus conflitos e ao caminho para a cura.  

A doença é um estado de desequilíbrio da mente que se reflete no corpo e que envolve uma série de sintomas. 

Cada ser humano é único em suas vivências, em seu modo de pensar e sentir. O seu drama interno produz somatizações, ou seja, influi em seu corpo o seu conflito interno não resolvido. O seu passado e suas experimentações deixam as feridas que são derivadas dos seus sofrimentos.

A somatização dos sofrimentos internos explicam uma série de doenças e enfermidades. 

Os sintomas de uma doença, por si só, carecem de um significado mais amplo. Além dos fatores externos, que prejudicam a saúde, como má alimentação, falta de cuidados essenciais com o corpo; há uma interação entre os padrões mentais e emocionais que determinam a saúde.

Nós não somos uma máquina que precisa apenas de graxa para funcionar bem,  como a visão materialista e mecanicista do mundo tenta nos convencer. Tudo o que acontece no mundo das “formas”, têm uma interpretação metafísica, que parte sempre da abstração.  
O corpo não é apenas um aglomerado de  órgãos. O ritmo cardíaco, a respiração, a temperatura, o peristaltismo, a secreção de hormônios e todo o metabolismo do corpo obedecem a um estado de consciência, um mundo mental particular.

Não basta explicar que o cérebro reptiliano é responsável pelas funções neurovegetativas. O corpo obedece aos estímulos de uma consciência. Não podemos acreditar, de modo simplista, que o corpo produz emoções pensamentos e sentimentos. Seria o mesmo dizer que o computador após a montagem do hardware, que representa seu corpo, já é capaz, por si só, de produzir conteúdo sem a necessidade do software.

O conteúdo se refere ao mundo da consciência, dos pensamentos e sentimentos que guiam cada pessoa na vida. O sintoma é um alerta do corpo para  chamar a atenção de que nosso modo de pensar, sentir e agir tem nos adoecido. Os sintomas não são fenômenos acidentais, não são fatos que não tem significado. Não é racional admitir que a doença acontece por acaso.

A própria razão nos leva ao questionamento das causas de qualquer evento. A doença é resultante da falta de harmonia da consciência que se manifesta no corpo físico como um sintoma.

Quando você está com alguma dor ou sofrimento, pergunte-se:

1.De que eu estou sentindo falta?
2 O que este desequilíbrio quer me ensinar?
3 O que eu preciso mudar nos meus pensamentos e sentimentos?

Não se pode viver de modo automático sem sofrer as consequências disto. A vida pede consciência. Este é o aprendizado fundamental de cada dor ou sofrimento. 
Cada sintoma representa um aprendizado específico, tem uma interpretação particular. 

Não devemos  combater a doença como um inimigo. Temos que conversar com ela, escutar o que ela fala sobre nosso modo de ser equivocado e disfuncional. Também é importante saber que você não "é" um doente, você "está" temporariamente adoecido.

A vida superficial  nos classifica por rótulos e nos afetado profundamente, porque deixamos de acessar nosso conteúdo. Não somos como um produto de supermercado que compramos e consumimos. O corpo não é um produto de consumo. Ele reveste e manifesta o nosso ser interno.  

Corpo bonito, roupas da moda, palavras vazias e selfies nos fazem adoecer porque ficamos na superfície, no rótulo, na aparência, do mundo das formas. Qual o sentido da vida e de cada um de nós no Universo, na visão materialista, simplista e rasa? Tudo fica sem sentido, sem interpretação, sem profundidade.

Os três questionamentos acima, são a ponta de um iceberg que será explorado até sua base mais profunda. Estas perguntas levam você ao seu mundo interior e a interpretação de seus transtornos psicológicos e enfermidades do corpo. É o significado da doença que você precisa descobrir e a partir desta compreensão, assumir sua responsabilidade por sua cura que o levará a uma vida plena, com sentido e preenchimento.
 
Nadya Prado


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