As relações interpessoais, ou seja, nossa interação com as pessoas, dependem de nossa relação
intrapessoal, que é a capacidade de lidar consigo mesmo, o grau de autoconhecimento
para gerir emoções, sentimentos e
potencialidades.
Pode haver uma ou mais relações doentias em nossa vida.
Conflitos amorosos e familiares são os principais focos de relacionamentos
desequilibrados, que necessitam de cura.
Os guias espirituais chamam de Pequena Família o grupo
ao qual nos unimos nesta vida para principalmente, resgatar débitos passados
e refazer aprendizados. Pais, irmãos, filhos e cônjuges são parte desse
complexo familiar.
Indubitavelmente, todos temos algum desconforto nas relações
que constituem a Pequena Família. Estamos em estágio evolutivo no qual o
sofrimento impera. Trazemos uma bagagem pesada de vidas passadas e de karmas
negativos.
Apegados aos venenos mentais que caracterizam o ego,
impulsionados pelas sensações e emoções que emergem dos chacras inferiores,
congestionamos o coração de natureza amorosa e a mente consciente e iluminada,
com uma densa energia. Estagnamos nossa conexão com o Divino e a com a Luz.
Passamos a reagir e nos movimentar nas relações, envoltos em sentimentos de ódio, vingança, vergonha, culpa, orgulho, expectativas e mágoas.
Esquecemos quem somos e de nossa tarefa de evolução espiritual pelos laços do
amor.
Os sentimento de carência e abandono são generalizados .
Mal-amados, congelamos na energia do medo, da raiva e da apatia.
Para curarmos as relações desarmônicas com a família, pais,
filhos,irmãos, amante, cônjuge ou outro vinculo mais íntimo, temos que
dissolver a nevoa que criamos durante milênios de vidas, calcadas no egoísmo
que tem o apego e a repulsa como predominantes.
Sempre, o primeiro passo é aceitação. A vida, as pessoas e
você são o que são.
Qualquer mudança que queira em suas relações terá que partir
de você.
O outro não pode assumir a responsabilidade por escolhas que
são suas, por sentimentos que são seus. Você os alimenta e os toma como seus
pertences.
Perceba o quanto vem errando em seus julgamentos e crenças
sobre suas relações. São essas crenças que o tornam infeliz, fazendo
acreditar que existem culpados e vítimas.
O seu sofrimento gira em torno de expectativas não
correspondidas e que não dependiam exclusivamente de você. Não crie
expectativas que sua relação irá melhorar por conta de uma mudança de atitude
do outro, raramente obterá sucesso.
Pare de querer controlar e dizer para o outro o que é certo
ou errado. A verdade que você defende pode não ser a mesma que a outra pessoa
acredita. Siga a vida colocando em prática apenas para si mesmo, o que
considera bom e verdadeiro. Deixe que o outro encontre seu próprio caminho.
Perdoe os deslizes e defeitos numa relação, compreendendo
que cada um faz o melhor que sabe e que pode. Se não está contente, isto é um
problema seu, para resolver com você mesmo.
Procure se divertir mais em suas relações, rir e brincar
mais. Deixe sua criança criativa aparecer com sua inocência e vontade de viver
e experimentar o presente, o abraço, o carinho, o amor.
Exatamente, o amor. Este é o alimento essencial em toda
relação. O amor desapegado, incondicional por si e pelo outro. Desenvolva o
amor em todas as suas relações. Ele curará qualquer condição de
desequilíbrio.Muito diferente do apego, que quer para si, que deseja possuir e
controlar, com medo de perder.
Acrescente o tempero da paixão adolescente, da diversão infantil,
da maturidade do adulto consciente. E, nos momentos em que sua sombra se
sobressair, saia de mansinho, peça licença e vá se conectar a ela. Permita que
ela lhe mostre suas carências, seu medo, sua sensação de abandono e entenda que
ela quer ser amada, apenas isto.
Portanto, ame-se , seja quem é, aceite sua sombra e sua luz,
seus erros e seus acertos.
Olhar para si mesmo sob a ótica do eu observador, que tem a
capacidade de ver sem julgar, culpar, conceituar certo ou errado.
Abandonar por completo qualquer padrão repetitivo de interpretação
dos fatos,das pessoas e de si. Olhando com carinho a todos os espíritos que
compartilham com você nesta jornada de despertar. Sentir em seu coração, o amor
brotar na compaixão por cada irmão espiritual que reflete você e o seu ser interior,
como em um espelho.
Seja Amor!
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