Nadya Prado aborda temas e orientações sobre espiritualidade, mediunidade, saúde integral, terapia transpessoal e naturopatia.
sábado, 23 de agosto de 2014
Eu Sou Feliz?
Você nasceu e recebeu um nome e provavelmente foi acolhido em um lar.
Olhou para o mundo e tudo era um, você e o mundo eram um. Seu lar, seu quarto, sua cama. Sua mãe, seu pai e todos os outros, não eram outros, eram todos um.
Mas, aos poucos você foi percebendo a si mesmo através do mundo. O eu começou a se manifestar. Eu quero, eu tenho, eu gosto. As pessoas lhe diziam quem era você.
Você olhava-se no espelho e se comparava com o outro. Assim você foi formando sua autoimagem.
Viu no mundo o que era considerado bonito ou feio, padrões de beleza. Foi interiorizando as verdades que lhe ensinaram. Aprendeu a se comportar diante do outro, aprendeu o que dizer, quando sorrir, quando calar. O que era certo, o que era errado, o que é ser bom e que é ser mau.
Você procurou entender as lições diárias que recebia, mas guardou muitas dúvidas e escondeu tudo aquilo que não poderia pensar, sentir, dizer...
Você se tornou alguém pela metade, escolhendo entre o certo e o errado, que assumiu como verdade e deixou de lado sua alma íntegra.
Mas quem você se tornou?
A questão fundamental é “Quem sou eu?”
Quando era criança eu gostava de me deitar, olhando para o céu e para as nuvens. Em cada nuvem que passava se formava uma figura que minha imaginação criava.
Quase todos nós fizemos isso quando ainda tínhamos um grande poder criativo. Se não, de alguma outra maneira, tenho certeza que, você brincava de imaginar...
Os adultos, aos poucos, roubaram nossas asas e paramos de voar. Deixamos de acreditar em nós mesmos e passamos a ser quem deveríamos ser, assumindo papeis que a sociedade nos impôs.
Os nossos ombros se tornaram pesados pela carga emocional que passamos a carregar. A respiração se tornou superficial, a alegria movida por estímulos externos, do álcool, das drogas, dos excessos para tentar encobrir o vazio existencial.
Passamos a vivenciar a ilusão da matéria e da separatividade. tanto quanto perdemos o poder de criar.Esquecemos a nós mesmos em um canto qualquer e a vida deixou de ser uma oportunidade diária.
A mente acolheu todo tipo de crença e ficou lotada de julgamentos, preconceitos.
O medo foi tomando conta de nós. Medo de não ser aceito, medo de errar, medo de dizer e fazer o que tem vontade e o medo maior de todos: medo de morrer...
Mas quem sou eu?
Sou esse medroso, mentiroso e fujão?
Não, essa pessoa cheia de problemas existenciais é um eu construído durante a vida e que não é nosso eu verdadeiro..
Chegamos a um ponto em que precisamos reencontrar nosso ser, porque começa a crescer o vazio.
Vivemos, até então, segundo padrões estereotipados e nessa jornada somos confrontados com o sofrimento, por não assumirmos os nossos sentimentos mais íntimos, nossa vontade de largar tudo e recomeçar.
A felicidade é parte de nós, porém precisamos aprender a colhê-la. Sua semente está lá dentro de nosso ser nos esperando. Porém, insistimos nos mesmos erros, em manter essa imagem que não reflete nossa alma. Permanecemos no sofrimento, acreditando que ele nos pertence.
Acostumamos com a infelicidade, com a ilusão.
Quando estamos com o copo de água pela metade, podemos considerar o copo meio cheio ou meio vazio. A interpretação do mundo e de nós mesmos é dual, assim como o copo com água.
Então, quando compreendemos as duas possibilidades e o que cada uma nos mostra, a visão unificada e sem julgamento nos possibilita a reconexão com a semente da felicidade.
Passamos a ser observadores, através da ótica do "Eu Observador", visualizando simplesmente um copo com água...
Nesse momento de “presença”, ou Eu Observador que sempre esteve conosco se manifesta. Há uma integração entre os opostos e nos sentimos em completude.
Harmonizados com o Todo e sua manifestação, deixamos de sentir medo e não há mais ansiedade pelo futuro. Não há mais ressentimentos e fixações com o passado, porque não há mais julgamentos.
Vivendo no presente aproveitando o poder criativo que nos é inato e que nos possibilita sermos quem quisermos ser, brincando, sorrindo como uma criança que confia na vida e não tem medo de errar, de aprender.
Girar até ficar tonto e cair no chão... Experimentar novos sabores...
Sem passado, sem futuro, apenas o presente que Deus nos dá diariamente, como oportunidade de transformação interior.
Observar a natureza exuberante que continua seu ciclo de sabedoria. Participar dessa encantadora realidade, desapegando das negatividades que o ego traz para justificar seus sofrimentos. Aceite, você é parte desse maravilhoso e eterno Todo que nos une.
Ame muito a si mesmo e ao outro, que é uma extensão de seu ser. Viva um dia de cada vez, sinta o frescor que surge quando nos libertamos de todas as amarras que nos impediam até então de voar e de imaginar...
Felicidade é um estado de espírito e está bem aí, dentro de você! Vamos encontrá-la e abraçá-la?
Cuide desse sentimento puro que como uma criança abandonada está precisando de nossos cuidados, para crescer e frutificar.
Salve!
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