Nadya Prado aborda temas e orientações sobre espiritualidade, mediunidade, saúde integral, terapia transpessoal e naturopatia.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
BRUXARIA OU MEDIUNIDADE?
Mediunidade é apenas um termo para expressar a capacidade que possuímos de intermediar com a dimensão espiritual. Enganam-se aqueles que a confundem com "religião". Alguns mais, outros menos, estamos conectados 24 horas por dia com as dimensões sutis. Por isto, compreenda que a relação mediúnica está presente em tudo o que realizamos. Em seu trabalho, seja você um executivo ou um advogado, artista ou terapeuta, estará sempre recebendo as influências benéficas ou maléficas do mundo sutil, conforme sua sintonia.
Eu escolhi me sintonizar com meus guias e com as energias iluminadas. Para tanto exerço um trabalho diário de reforma interior. Errando, tropeçando, reerguendo-me. Sou formada em Administração de Empresas, trabalhei nas áreas financeiras e comercial e fui muito infeliz profissionalmente nesse período. Paralelamente, desenvolvi minha mediunidade , aflorada desde a adolescência e fui buscar a área holística. Formei-me em Naturopatia e sou hoje também Terapeuta Transpessoal. Foi um longo caminho, sempre impulsionada por meus guias e minha alma.
Infelizmente se criou um estigma sobre o conceito de mediunidade devido às interpretações preconceituosas das religiões.
Desde a Idade Média, durante a Inquisição, promulgada pela Igreja Católica, médiuns eram queimados e chamados de bruxos, de forma depreciativa, sem o mínimo entendimento e consciência, tanto sobre mediunidade quanto sobre bruxaria. O tribunal religioso condenava todos àqueles que consideravam não seguidores do dogmatismo católico. Claro, que era uma questão de se manter o poder sobre a população, da forma mais torpe.
Dói-me a alma saber que ainda hoje, vivemos como na época da Inquisição, quando levamos os olhos às paisagens sombrias que guardam as raízes daquele período.
Vejo em muitas igrejas e religiões, instalarem-se as falanges dos sacerdotes católicos da Idade Média, que tentam conduzir como antes, a grande massa de espíritos ignorantes.
Joana d’Arc , a grande heroína francesa do século XV, libertou sua pátria do domínio Inglês, orientada por seus guias espirituais. Médium de grande valor foi queimada viva pela igreja católica.
Em seu livro, Sob As Cinzas do Tempo, Carlos A Baccelli, pelo espírito de Inácio Ferreira, revela a trajetória de personagens envolvidos com a Inquisição:
(...) Deus através das leis que nos regem, permanece na expectativa do nosso fortalecimento espiritual para que possamos nos redimir dos crimes nefandos que praticamos em nome da Fé... Quase todos, meus irmãos, estamos vinculados aos assuntos da religião desde épocas imemoriais, mormente, os que, no corpo ou fora dele, nos encontramos presentemente ligados ao Espiritismo.(...) (trecho capítulo 03).
Eu tenho a certeza, dentro de mim, que muitos dos médiuns e “militantes religiosos”, estão envolvidos, de uma forma ou de outra, nessa trama que nos conduz hoje, segundo a lei do karma, assim como descrito acima.
Não é necessário muito esforço para reconhecer nos corredores das casas religiosas os remanescentes da Inquisição. Preconceito, egoísmo, ódio e vingança, perpetuam as guerras entre religiosos das diversas religiões que se apoderam de Deus.
A mediunidade é um dom natural, muito mais que uma prova o um castigo. Alguns espíritos têm a mediunidade mais desenvolvida como Joana d’Arc e isto, muito antes do evento espírita.
Allan Kardec , espírito celta, reencarnou com a missão de renovar os ensinamentos Druidas sobre a natureza e o divino e também sobre a mediunidade. Como em todas as revelações divinas, o homem deturpa e reinventa, sob o véu do egoísmo, a simplicidade que norteia a nossa essência espiritual e a nossa multidimensionalidade.
É nítido o elo entre Druidas, Inquisição , Joana d’Arc, Allan Kardec e o Espiritismo.
Seguindo a linha do tempo e a lei do karma, percebemos que a humanidade pouco evoluiu e continua retardando sua trajetória na ilusão do egoísmo.
A bruxaria é mediunidade, dom de manipular a dimensão sutil, de expandir a consciência e como todas as nossas potencialidades, podemos usar para o bem e para o mal. A feiticeira, sábia e deusa, foi transformada pela maldade humana, em bruxa do mal, destituindo a mulher de seu papel de igualdade com o homem.
O conhecimento da Verdade Absoluta vem sido trazido em diferentes roupagens, no oriente e no ocidente. A mediunidade sempre nos acompanhou, juntamente com o preconceito e a ignorância que ainda impedem o seu uso digno, tanto quanto utilizamos nossos cinco sentidos.
O homem, muito apegado à matéria, têm em seus cinco sentidos apenas instrumentos para prazer pessoal. No entanto, quando mais espiritualizado, saberá usar seu corpo e sua inteligência em beneficio de todos. No seu lar, em sua profissão, em sua vida social, ele será movido por seu coração iluminado. Como médium será guiado por energias benéficas e consciências extraterrenas iluminadas.
Então, de uma vez por todas, entendam que, ser médium não é castigo, não é obrigação para trabalho voluntário dentro de uma casa religiosa, não é exclusividade de espíritos pecadores.
Mediunidade, tanto quanto os cinco sentidos, é instrumento para a evolução espiritual e não carece de dogmatismos para sua utilização.
O espírito egoísta e ignorante tem sua mediunidade e seus chacras pouco desenvolvidos e qualquer afloramento será resultante de explosões energéticas negativas, drogas, etc.
O espírito mais consciente e conectado com os sentimentos de amor universal, usará sua ferramenta mediúnica, sempre de forma benéfica. Sua mediunidade o auxiliará na execução de suas rotinas diárias, mantendo-o em equilíbrio com a vida, consigo mesmo e com o próximo.
Outro ponto importantíssimo, a saber: Ninguém “tem que” trabalhar gratuitamente porque possui um alto grau de mediunidade. Todos devemos ter a responsabilidade social. No exercício de nossos talentos, seja médico, psicólogo, terapeuta e afins, podemos separar algumas horas por semana para o trabalho voluntário. Isso não significa que por ser médium, não posso utilizar meu dom em consultório, unindo meu conhecimento às minhas ferramentas, que são meus cinco sentidos mais “um”, a mediunidade.
Joana d’Arc , por meio de sua mediunidade, conduziu seu exercito para libertar seu povo da escravidão e Allan Kardec explicou a mediunidade para nos libertar da falta de autoconsciência. Todo preconceito e maldade estão nos olhos religiosos que se vestem em pele de carneiro.
Salve!
Bibliografia:
Joana d’Arc, Médium - Leon Denis (França 1846-1928)
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