Nadya Prado aborda temas e orientações sobre espiritualidade, mediunidade, saúde integral, terapia transpessoal e naturopatia.
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Almas Perdidas - Causas dos Transtornos Mentais e Físicos - Psicologia da Alma
Alma é a denominação dada ao espirito encarnado. Termo derivado do latim ânima, que significa "o que anima" .
A alma dá sentido à vida e determina o caminho que percorreremos.
Para se manifestar, o espírito se reveste de vários corpos. Em cada dimensão ele apresenta um corpo energético característico. Na vida terrena, o espírito é envolvido por uma camada fluídica bastante densa, que acaba por ocultar a sua essência, a ponto do ser se sentir desconectado de sua condição espiritual.
Nesse estado, o homem-espírito passa a ser uma alma. Um espírito animado num corpo humano. Os sentidos mais sutis se tornam obscurecidos, por toda essa pesada crosta que o envolve.
À medida que vai se desenvolvendo dentro dos moldes terrenos, a alma passa a vivenciar com mais intensidade a vida material. Há um “aterramento”, a alma cria raízes, como numa árvore.
A ligação do espirito com a matéria proporciona experiências singulares, que sem a encarnação, não seria possível vivenciar.
Assim como a árvore , o homem-espírito, além de suas raízes, desenvolve seus ramos e sua copa, que se abrem aos céus e o conectam com sua essência espiritual.
A alma cresce, floresce, frutifica e espalha suas sementes pelo terreno fértil.
Então, é necessário que a alma tenha raízes e copa, que seja como uma árvore. E todo o processo acontece... Conectado a natureza e a espiritualidade, com a terra e com o céu.
Quando o homem-espírito está em harmonia com sua natureza humana e sua essência espiritual, ele se torna forte e tem uma vida saudável em todos os âmbitos.
Relacionamentos pacíficos, nutridos por sentimentos elevados, mente e emoções equilibrados. Há discernimento, as atitudes são conscientes e a sensação é de plenitude.
Porém, sem essa integração, o ser começa a adoecer.
A energia que deve fluir entre as dimensões física e espiritual, fica estagnada e provoca desequilíbrios de toda espécie.
A falta de conexão com a natureza, provoca no homem o descompasso em seu corpo físico. O corpo tem seu metabolismo e seu equilíbrio dinâmico alterados.
A falta de conexão com a essência espiritual, tornam o ser egoísta. Sua mente fica presa às armadilhas que ela própria cria. Falta o alimento espiritual. Pensamentos negativos, impulsionados pelos venenos mentais, sofrimento mental.
Perde-se aos poucos o contato efetivo com a alma que é responsável por impulsionar, movimentar e fazer fluir a energia no ser animado, mantendo-o em harmonia.
Constrói-se uma imagem pessoal para o ser, que passa a se identificar por “eu”, o ego. A vida é um aprendizado, através do qual o ser, em sua relação consigo mesmo, ruma em direção ao autoconhecimento, que se deflagra na vivencia dual entre o “eu” e o “outro”.
O ser encarnado experimenta o conflito da dualidade. Porém, o homem-espírito, quando se deixa levar pelas artimanhas do “eu” e age sob o domínio do “eu quero”, acaba por se perder pelo caminho.
Tem-se então a alma perdida.
A falta de integração com a alma provoca uma lacuna, que o “eu” não sabe como preencher. É um vazio interior que traz sofrimento e falta de direcionamento.
No intuito de reprimir a dor que sente, o ser passa a buscar algo que possa lhe trazer prazer e preenchimento. No entanto, por ignorância, em vez de buscar a completude interior, ele se deixa dominar pelas vontades do ego, que apenas conhece o mundo concreto dos desejos.
Na relação a dois, procura acalmar sua necessidade de dar sentido a vida e preencher o vazio. No vínculo de dependência com o outro, de uma forma delituosa e prejudicial a si mesmo, tenta dar continuidade e significado a sua existência. O outro passa a ser seu ponto de apoio e o motivo de sua vida. Cria o apego exagerado não só em suas relações com as pessoas, mas também com objetos dos quais se considera proprietário.
A dependência e o apego se tornam cada vez mais intensos e prejudiciais, fazem crescer sentimentos de possessividade, fortalecendo o ego e todas os desequilíbrios que ele traz; aumentando o distanciamento do ser com sua alma. Um robô, sem vida, controlado pelo ego. Cria expectativas, descontrola-se. Já não consegue ver a beleza da vida, da natureza e não sente mais o Deus que lhe habita.
Nesse estado, encontramos os corações endurecidos, feridos que, quando há o rompimento de uma relação em sua vida, seja amorosa, profissional ou qualquer outro vínculo, assim como perdas financeiras e materiais, acabam em depressão e em desesperança.
O remorso passa a alimentar o ser. Doenças do corpo e da mente resultam de suas criações mentais e emocionais.
Muitos buscam preencher o vazio através das compulsões de toda espécie. Há uma carência de amor próprio, uma ansiedade que não se acaba. Surgem os transtornos psicológicos e as enfermidades crônicas, entre outros desequilíbrios.
A dependência química, os vícios de toda ordem, instalam-se como chagas que encontram espaço para crescer, envenenar e corroer as camadas protetoras do espírito, que perde o prumo e enlouquece.
Em desespero, alguns optam pelo suicídio, por não conseguirem preencher o vazio e não aguentarem mais o sofrimento interior.
Mas, o sofrimento é um caminho para o despertar e, por esse prisma, o ser através da doença e da dificuldades materiais e em suas relações, é convidado a mudar o rumo de sua jornada, providenciando o reencontro com sua alma perdida.
Para que nossa alma não se perca, precisamos estar sempre atentos. Vivenciando o presente, o aqui e o agora e se, por descuido a perdemos, façamos o caminho do reencontro.
Acordar e contemplar o dia, a natureza. Cumprimentar o sol, o planeta e todas as manifestações de vida.
Agradecer pelo momento presente, pela oportunidade de compartilhar. Unir a essência espiritual à manifestação de Deus, que os olhos podem ver, as mãos podem tocar. Podemos sentir o aroma das flores, ouvir os sons da natureza, abraçar nosso irmão de jornada. Agradecer o alimento de cada dia.
Cantar, dançar, celebrar...
O Divino está presente ao nosso redor e em nós mesmos, basta presenciar.
Amar incondicionalmente a si e ao outro. Aceitar que cada um de nós está exatamente onde deve estar. Toda dor, todo sofrimento será um bálsamo, uma benção, para que o nosso coração se desprenda de todo o apego.
Dessa forma, a alma estará realizando aquilo a que se propôs, entregar-se e fundir-se ao Todo, como uma gota que se torna o oceano.
Se você está sofrendo por perdas, sejam quais forem, não se deixe levar pela mágoa e pelo ressentimento. Ore com o seu pensamento e o seu coração conectados a Deus.
Uma ótima prática para se reconectar, é se sentar em silêncio em um local tranquilo e contemplar a si mesmo. Procure estar presente, sinta sua respiração, perceba a vida que flui em você e agradeça!
Você pode também ir a uma praça, ou em qualquer cantinho onde tenha uma árvore. Abrace-a bem forte! Sinta a presença Divina na natureza!
Se quiser, podemos nos unir nesse reencontro com sua alma, eu lhe darei as mãos e lhe ajudarei em sua busca. Mas, entenda, que é o seu momento e você terá que estar presente.
Namastê!
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