...As criaturas denominadas ecos do mundo são aquelas que estão
na Terra à mercê de tudo o que as rodeia. Estão envolvidas, inconscientemente,
por coisas, pessoas, situações e fatos, como folhas perdidas ao vento na
imensidão de uma planície. Elas desconhecem as raízes de suas reações
emocionais e ignoram as energias que chegam em seu campo sensório...
A Imensidáo dos Sentidos – Francisco do Espírito Santo ditado por Hammed
A mediunidade tem como característica básica a sensibilidade aguçada
para captar energias circundantes das dimensões sutis, sejam de espíritos
encarnados ou desencarnados, de ambientes e de objetos.
O médium é um canalizador e, como tal, pode recepcionar as mais
diversas emoções e diferentes pensamentos, plasmados no oceano energético que
compõe o mundo sutil. Lembrando, todos somos médiuns em variados graus.
O espírito encarnado recebe as emanações fluídicas dos planos
energético e astral, por meio de seus chacras, vórtices psicoenergéticos que
constituem a parafisiologia do ser multidimensional.
Os transtornos psicológicos têm uma relação íntima com a desarmonia
mediúnica, quando avaliados sob a ótica transpessoal.
A conexão entre as dimensóes segue a lei da sintonia. Pessoas que vivem somente no ego têm uma
tendência a desajustes psíquicos e emocionais, devido ao seu comportamento
adverso à comunhão com a espiritualidade e com a natureza.
Na Medicina Tradicional Chinesa aprendemos que o homem deve procurar
estar em harmonia com as energias telúricas e celestiais para que haja
equilíbrio e saúde integral. O ch’i (energia) flui de forma correta e
equilibrada quando admitimos a nossa interação com o Todo e praticamos o Tao.
O espírito que não reconhece a interação constante entre todas as
coisas, em suas relações com a vida e com os outros, provavelmente está com seu
campo aberto a todo tipo de energia. Está descuidado e de portas abertas,
porque não compreende que não é uma ilha, como alguns acreditam.
A separatividade que o ego impõe provoca a deficiência dos sistemas
físico e energético, altera o metabolismo, sua imunidade, entre outras
consequências, pois o sistema endócrino está associado aos plexos nervosos e
chacras. O espírito recebe as emanações sutis por meio dos chacras e o corpo
físico se ressente das energias deletérias.
No campo psíquico, o individualismo exacerbado, transforma a
mediunidade num campo aberto e sem dono às energias circundantes, em especial,
as mais densas que, com maior facilidade adentram seu psiquismo. O médium passa
a compartilhar de pensamentos e emoções alheias e doentias que, aos poucos,
tomam conta de sua aparelhagem mental e mediúnica. Seu comportamento passa a
ser dominado por um emaranhado de estímulos que parecem enlouquecê-lo,
pois desconhece seu potencial mediúnico
e não tem como tomar posse de si mesmo.
São interferências que o espírito encarnado sofre por não estar consciente
de sua mediunidade e que minam sua capacidade de autocontrole.
A inter-relação entre médium e psiquismo, tem via de mão dupla, visto
que a predisposição psíquica para o desequilíbrio irá determinar o grau de
desordem mediúnica. Em vidas passadas encontramos as causas da predisposição
citada.
Espíritos que há milênios vivem, vida após vida, no egoísmo, nos
vícios, na ilusão da matéria, desprezando as oportunidade das reencarnações,
trazem o corpo emocional e mental desarmonizados. Acumula em seu perispírito energias
deletérias que são expurgadas em sua vida atual, como uma benção. O espírito é
incentivado a mudar seu padrão vibratório para restaurar sua aura “doente”.
Essa condição eu denominei de Mediunidade
Reflexo. Sem autoridade sobre si mesmo, o médium se torna reflexo de todas
as energias que incorpora e que lhe causam os transtornos psicológicos de todas
as espécies.
Incorporar a si mesmo o libertará da Mediunidade Reflexo. O médium,
por meio da autoconsciência, adquirirá os recursos necessários para sair dessa
situação de desequilíbrio.
Sabemos que há uma infinidade de graus mediúnicos que diferem conforme
a evolução do espírito e seu estado vibratório.
Um médium ostensivo e de prova,
ou seja, com mediunidade de alto grau, devido a má conduta de vidas anteriores e
que tem uma aparelhagem física e parafisiológica diferenciada da grande
maioria, está muito mais submetido as influências energéticas. Nesse caso,
defrontamos com uma enormidade de pessoas diagnosticadas com transtornos psicológicos
agravados pela falta de entendimento da verdadeira causa, que está muito mais
atrelada a sua multidimensionalidade desajustada.
Todos estamos submetidos à lei de causa e efeito e, não há como se
apaziguar com o Todo, sem que se apazigue consigo mesmo.
O processo de cura do ser
integral, realiza-se por uma vivência consciente. A autoconsciência implica em
reconhecer nosso estado de espírito atual, com sinceridade, sem esconder as
imperfeições ou sombras que ainda nos movem, mesmo que secretamente. É um
caminho de autoconhecimento, pelo qual admitimos nossa dualidade.
Assumir humildemente nossa condição de meros aprendizes, sem pretensão
nenhuma... Viver aqui e agora, simplesmente, totalmente, profundamente...
No presente descobrimos a nós mesmos e a nossa mediunidade se aflora
como lótus do pântano.
Quando o homem assumir sua essência espiritual e sua conexão com a
natureza, poderá despertar para a visão transpessoal. Sentir-se uma ilha,
provém do fato de que sua visão é limitada. Expandir a consciência é o mesmo
que olhar para o nosso planeta lá de longe, de uma nave estelar. Então o homem
verá que a ilha faz parte de um Todo.
Seja Amor!
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