Nadya Prado aborda temas e orientações sobre espiritualidade, mediunidade, saúde integral, terapia transpessoal e naturopatia.
terça-feira, 7 de julho de 2015
É preciso sentir paixão...
Não acredito em relacionamentos conjugais sem paixão. A sexualidade que une dois corpos é fundamental para temperar a relação, sendo que o sexo se fundamenta no desejo.
Todo desejo tem como condição uma relação de querer, de se apegar. Não é proibido desejar...
A celebração da vida acontece principalmente na sexualidade. Quando o desejo sexual desperta na juventude, o espírito passa a viver apaixonadamente e perigosamente. É mais atrevido, tem mais energia e vontade de conquistar. Na experiência apaixonada ele abraça a vida e aprende o amor.
Na velhice o desejo vai se esvaindo assim como a energia telúrica e o espírito começa a preparar o seu retorno para o mundo astral. Nesta fase o amor libertará do apego à matéria.
Entendo que nem todos vivenciam o ciclo completo. Algumas pessoas desencarnam no frescor da juventude ou da infância. Mas, as mãos do Criador estão sempre na condução de cada caso.
O processo natural da vida e da morte nos ensina pela paixão e pelo amor.
Sabemos que a paixão desmedida é uma brecha para o desequilíbrio. Os casos de violência passional são diariamente expostos pela mídia. São relações alimentadas pelas emoções e pelos instintos mais torpes.
Porém, considero que o extremo da pregação sobre o amor e a espiritualidade, deixa no esquecimento e na marginalidade a questão de que somos um corpo físico e emocional.
Estamos aqui neste planeta para vivermos este presente. Algumas pessoas muito devotas ao espiritual, desprezam a oportunidade da vida e perdem a conexão telúrica.
Não é apenas a paixão pelo parceiro, mas também pela profissão, amigos, família e prosperidade. Vontade de viver.
Nas crises de depressão, a paixão é abafada pela frustração dos desejos, levando a um estado de inércia física e emocional, para a reflexão necessária ao momento. Se não conseguimos superá-la com a compreensão do aprendizado, então se torna uma doença.
Nem tanto ao céu, nem tanto a terra. Toda relação de paixão e desejo se inicia pela atração, movida pelos chacras inferiores e principalmente pelo sistema límbico. Nutrida pelo “cheiro”, pelas emoções mais básicas e pela magnetismo sexual...É algo irracional, sensação à flor da pele.
Provavelmente, você já viveu a situação de ter alguém interessado em uma relação mais íntima, um namoro e, infelizmente, apesar de ser uma pessoa a quem quer muito bem, você o recusa. É um convite que não rola... Você não se sente atraído!
Podemos sentir amor por toda a humanidade, mas, quando falamos sobre o parceiro sexual é necessário ter paixão.
Ciúme, apego e tantas outras características comuns ao ego, são as emoções que a alma experimenta em seu prazer e sua dor, próprios da paixão.
A tentação do desejo faz parte da experiência humana a qual estamos submetidos para transcender a paixão em amor. A alma vivencia o corpo unido ao espírito. O relacionamento se torna apático se não houver paixão. A grande questão é saber dosar.
Acredito que qualquer pessoa se sentiria mal-amada se seu parceiro não tivesse paixão e desejo por ela. É muito prazeroso estar com o companheiro sexual e sentir que além do amor que cresce na relação, há a cumplicidade do apego.
Por hora, não somos super-humanos dotados de total clareza. É desumano alguém não sofrer de paixão.
O que seriam dos poetas e dos artistas que se inspiram no sofrimento das paixões mal resolvidas?
O que seria da vida sem paixão?
Quando uma relação acaba e ainda estamos ligados energeticamente ao outro, o sofrimento faz parte do processo pelo qual passamos. É o luto que advém da perda e que cada pessoa sente ao seu modo.
Por isso, procuro sempre desmistificar os excessos que impedem a naturalidade da vida. As religiões nos ensinam o caminho espiritual , mas a vida nos ensina na prática a experimentar a espiritualidade apaixonada.
Buda nos trouxe sua sabedoria sobre o sofrimento que os desejos provocam e nos aconselha o caminho do meio. O apego exagerado é que promove os desequilíbrios.
O desejo é o impulso primário das relações interpessoais e o apego é o laço energético construído a cada vínculo. Não há como abster e sim como transcender.
As relações conjugais servem ao crescimento pessoal. A necessidade de estar com alguém se acaba, quando aquela nossa parte, que se perdeu no inconsciente é reencontrada.
Vemos no parceiro o espelho dessa nossa outra metade que se escondeu na ilusão da separatividade. Quando nos integramos com ela, não sentimos mais solidão e deixamos de depender de outra pessoa. Então, podemos vivenciar a solitude que é estar sozinho sem solidão. Ficar bem consigo mesmo e não ter necessidade de estar com outra pessoa.
Neste estado de espírito, escolhemos a nós mesmos, porque nos sentimos unidos com o Todo.
Porém, sempre caímos nas malhas da dualidade, que possibilita a manifestação do espírito humano, amoroso e apaixonado. Entre luz e sombras Deus nos desenhou a paisagem dual.
O amor incondicional se desenvolve no convívio, no amadurecimento da relação, que ganha outros ares à medida que o egoísmo é substituído pelo respeito mútuo.
Existem dois caminhos para o fim de uma relação entre um casal:
O primeiro é aquele quando não há mais paixão por parte de um dos parceiros, a relação esfria e não existe mais motivo para estar juntos.
O segundo acontece quando o amor cresce e desfaz as ilusões do apego e cada qual segue seu caminho pela estrada da evolução. O amor incondicional não pressupõe a união de corpos e sim de espíritos que compartilham laços eternos.
A dependência emocional é o elo que mantém um casal junto em convivência diária. A necessidade de alguém para compartilhar, dormir sob o mesmo teto, seja em momento de paz ou de conflito. Na saúde ou na doença, amando e respeitando...
Somos todos Um e qualquer identificação, seja com uma pessoa, grupo, religião, gênero ou nacionalidade, está no âmbito do ego e da paixão.
Não vejo nada de errado em nos apegarmos quando conhecemos os limites da paixão.O sofrimento é parte do processo assim como o prazer de se sentir vivo e apaixonado!
Os casais estão se libertando das amarras dos preconceitos e da repressão sexual. Estão ficando mais independentes. A escolha pela sexualidade sem compromisso não significa que não haja amor. Amor não impõe regras!
A paixão é sempre um tanto possessiva, quase um vício. Não admite traição e acorda os instintos mais animalizados. Faz parte da vida física e de nossa conexão com a terra, pelo fogo da energia kundalini que nos anima.
Viva a sua dualidade sem preconceitos!
O xamã nos alerta, para não nos esquecermos de alimentar o animal interior que trazemos, porque, se não, ele se tornará uma fera indomável e escapará de nosso domínio.
Aprenda a vivenciar a paixão dosando sua relação para não estragar o sabor.
Tanto o excesso quanto a deficiência dessa força telúrica produz no fluxo energético dos chacras desequilíbrios e enfermidades psicológicas e físicas.
A paixão nos mantém unidos ao corpo físico. O coração pulsa, o sangue flui.
Tanto é verdade que conheço a história de casais que viveram muitos anos juntos e que quando um morre, o outro perde a paixão pela vida e logo também desencarna.
Nós somos como um centauro que da cintura para baixo é um corpo de animal e da cintura para cima é um homem.
Seja amor, seja paixão!
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