Da matéria dos
pensamentos e sentimentos, criamos o céu e o inferno que nos habita. Deus e o
diabo, morando na mesma casa, dentro de cada um de nós. A dualidade se
manifestando, ensinando aos espíritos animados sobre a Luz e as trevas,
dando-lhes significado. Não há como compreender o que é a Luz se não na
escuridão.
Acende-se uma vela fraca nas trevas e ela abre caminho ao viajor cambaleante. A luz fraca é a pouca conexão que fazemos com a nossa essência. Ela está conosco, mas entupimos o nosso canal com o sofrimento em vão.
A nega velha Naná sempre me traz a imagem de um campo vasto em que a luz da lua serve como lanterna. Se o tempo tiver nublado, ele esconde a luz do luar. Acessamos o umbral ou o paraíso, conforme escolhemos nosso modo de vida e cuidamos deste lar, chamado “eu sou”. Em nossa casa interior, que é nosso mundo de construções mentais e emocionais, aglomeramos por vidas, em cômodos, os incômodos, remorsos e outras tantas ilusões. Quartos escuros, com janelas e portas fechadas, cheios de tralhas. Parece um lugar seguro, entretanto, em muitos momentos, nada entra, nada sai...
Não vemos o sol nem a lua, quando atormentados, dentro de tamanha escuridão. Lá encontramos nossos afetos e desafetos. A criança interior, o velho mestre sábio, alguns monstrinhos e outros arquétipos de toda espécie. Algumas pessoas estão lá dentro nos ajudando a abrir frestas de luz, pessoas que amamos e nos movem. Outras nos trazem mais desconforto.
Às vezes, um espaço interior que mais aparenta um labirinto, no qual nos perdemos entre tantas dúvidas e discórdias internas. Não nos conhecemos. Pessoas e coisas, apegos... Desejos, expectativas e frustrações na mesma medida. Um barulho de vozes, da conversação interna que se trava entre o ser e a mente. Mas como encontrar Deus dentro de nós, em meio a tanto sofrimento? Como explicar que Ele permita esta confusão?
É preciso mudança, limpeza, esvaziamento. Só assim poderemos nos encontrar com Ele. E para tanto precisamos amadurecer e parar de achar que Ele deve dar conta de tudo. Como pedir para que nos afaste de todo o mal, quando somos nós próprios que absorvemos a maldade no coração, toda vez que julgamos o próximo e a nós mesmos? Pedir para que seja expulso o diabo que se alimenta das nossas emoções?
Primeiro é necessário compreender que cabe a nós a limpeza da casa que o espírito habita. Parar de alimentar e dar guarida a quem não queremos lá dentro. A cada revolta, crise de raiva, tristeza por não aceitação da vida e das bênçãos que se fazem presentes em tudo, alimentamos a desordem e mais difícil fica encontramos o céu.
O medo é o maior inimigo que nos busca dentro de casa. Ele nos prende, não deixa que o coração se abra para o amor. O diabo se faz forte pelas vias do ego. Achar que somos vítimas e que não temos total responsabilidade sobre o nosso bem-estar é uma ilusão. As nossas emoções constroem o Umbral que estamos vivendo, o sofrimento acarretado pelo apego. O egoísmo é a presença escura, é o nome do medo.
Passamos por situações difíceis em que temos que escolher como nos sentir diante delas. As doenças, os desencontros, os problemas que nos ensinam como mudar a rota, conhecendo melhor o território que nos leva para uma consciência mais desperta.
Não podemos mais continuar alimentando o egoísmo. Não devemos permitir que as ervas daninhas se espalhem e deixem obscura a presença da Luz. Vamos buscar o céu que há dentro de nós. Permitir o esvaziamento, deixando ir tudo que está lá dentro amontoado. Pessoas, acontecimentos, mágoas, ilusões... Apegos e emoções distorcidas, pensamentos egoístas.
Buscar o céu de estrelas e lua e o dia de sol. Leve a vela acesa que Deus dá a todos, para que possamos enxergar os quartos bagunçados que acumulamos em nossa casa interior. Deus está aí dentro, sempre pronto a acolher, deixe que Sua presença se faça em seu ser. O diabo apenas representa a ilusão que deixamos entrar como uma ventania, um furacão ou tempestade que quer derrubar a paz interna.
Preste atenção, observe -se , entre em contato com o seu mundo interno, veja o que tem desenhado. Plasmamos as nossas escolhas e elas nada mais são que as emoções que deixamos crescer em nós. O espírito está aqui na Terra para aprender a utilizar os seus dons. Criando o bem ou o mal, cocriando a vida.
Respire, inspirando profundamente, deixe a vida e ar renovado adentrar o seu ser e depois expire espalhando o prana e jogando fora o que não serva mais. Limpe sua casa interior.
O céu e o inferno estão no mesmo lugar, a grande diferença entre eles é que o inferno é provisório e o céu é eterno e nenhuma treva pode se manifestar numa casa iluminada.
Namastê
Acende-se uma vela fraca nas trevas e ela abre caminho ao viajor cambaleante. A luz fraca é a pouca conexão que fazemos com a nossa essência. Ela está conosco, mas entupimos o nosso canal com o sofrimento em vão.
A nega velha Naná sempre me traz a imagem de um campo vasto em que a luz da lua serve como lanterna. Se o tempo tiver nublado, ele esconde a luz do luar. Acessamos o umbral ou o paraíso, conforme escolhemos nosso modo de vida e cuidamos deste lar, chamado “eu sou”. Em nossa casa interior, que é nosso mundo de construções mentais e emocionais, aglomeramos por vidas, em cômodos, os incômodos, remorsos e outras tantas ilusões. Quartos escuros, com janelas e portas fechadas, cheios de tralhas. Parece um lugar seguro, entretanto, em muitos momentos, nada entra, nada sai...
Não vemos o sol nem a lua, quando atormentados, dentro de tamanha escuridão. Lá encontramos nossos afetos e desafetos. A criança interior, o velho mestre sábio, alguns monstrinhos e outros arquétipos de toda espécie. Algumas pessoas estão lá dentro nos ajudando a abrir frestas de luz, pessoas que amamos e nos movem. Outras nos trazem mais desconforto.
Às vezes, um espaço interior que mais aparenta um labirinto, no qual nos perdemos entre tantas dúvidas e discórdias internas. Não nos conhecemos. Pessoas e coisas, apegos... Desejos, expectativas e frustrações na mesma medida. Um barulho de vozes, da conversação interna que se trava entre o ser e a mente. Mas como encontrar Deus dentro de nós, em meio a tanto sofrimento? Como explicar que Ele permita esta confusão?
É preciso mudança, limpeza, esvaziamento. Só assim poderemos nos encontrar com Ele. E para tanto precisamos amadurecer e parar de achar que Ele deve dar conta de tudo. Como pedir para que nos afaste de todo o mal, quando somos nós próprios que absorvemos a maldade no coração, toda vez que julgamos o próximo e a nós mesmos? Pedir para que seja expulso o diabo que se alimenta das nossas emoções?
Primeiro é necessário compreender que cabe a nós a limpeza da casa que o espírito habita. Parar de alimentar e dar guarida a quem não queremos lá dentro. A cada revolta, crise de raiva, tristeza por não aceitação da vida e das bênçãos que se fazem presentes em tudo, alimentamos a desordem e mais difícil fica encontramos o céu.
O medo é o maior inimigo que nos busca dentro de casa. Ele nos prende, não deixa que o coração se abra para o amor. O diabo se faz forte pelas vias do ego. Achar que somos vítimas e que não temos total responsabilidade sobre o nosso bem-estar é uma ilusão. As nossas emoções constroem o Umbral que estamos vivendo, o sofrimento acarretado pelo apego. O egoísmo é a presença escura, é o nome do medo.
Passamos por situações difíceis em que temos que escolher como nos sentir diante delas. As doenças, os desencontros, os problemas que nos ensinam como mudar a rota, conhecendo melhor o território que nos leva para uma consciência mais desperta.
Não podemos mais continuar alimentando o egoísmo. Não devemos permitir que as ervas daninhas se espalhem e deixem obscura a presença da Luz. Vamos buscar o céu que há dentro de nós. Permitir o esvaziamento, deixando ir tudo que está lá dentro amontoado. Pessoas, acontecimentos, mágoas, ilusões... Apegos e emoções distorcidas, pensamentos egoístas.
Buscar o céu de estrelas e lua e o dia de sol. Leve a vela acesa que Deus dá a todos, para que possamos enxergar os quartos bagunçados que acumulamos em nossa casa interior. Deus está aí dentro, sempre pronto a acolher, deixe que Sua presença se faça em seu ser. O diabo apenas representa a ilusão que deixamos entrar como uma ventania, um furacão ou tempestade que quer derrubar a paz interna.
Preste atenção, observe -se , entre em contato com o seu mundo interno, veja o que tem desenhado. Plasmamos as nossas escolhas e elas nada mais são que as emoções que deixamos crescer em nós. O espírito está aqui na Terra para aprender a utilizar os seus dons. Criando o bem ou o mal, cocriando a vida.
Respire, inspirando profundamente, deixe a vida e ar renovado adentrar o seu ser e depois expire espalhando o prana e jogando fora o que não serva mais. Limpe sua casa interior.
O céu e o inferno estão no mesmo lugar, a grande diferença entre eles é que o inferno é provisório e o céu é eterno e nenhuma treva pode se manifestar numa casa iluminada.
Namastê
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