O que faz uma pessoa ser diferente da outra em sua personalidade e também em seu corpo, sua imunidade e desequilíbrios? São peculiaridades sobre sua alma que a tornam única. O grande erro da ciência está no paradigma que tem orientado os tratamentos de saúde baseado na doença e não nas pessoas. Sim, doença no singular, porque assim como não dizemos "saúdes" não existem "doenças".
A doença é um estado de desequilíbrio da alma que se reflete no corpo e que envolve uma série de sintomas. E aqui não me refiro a alma numa conotação religiosa, mas de uma força motriz.
Há a necessidade de compreensão de que o corpo físico e a doença que o acomete é resultante de um processo disfuncional da pessoa como um todo. Cada ser humano é único em suas vivências, em seu modo de pensar e sentir e precisa ser tratado como pessoa e não apenas como um corpo. O seu drama interno produz a doença. O seu passado e suas experimentações deixam as feridas que são derivadas dos conflitos não resolvidos.
Cada ser humano possui o que podemos chamar de alma interior. Ela é responsável pela dinâmica que se estabelece no corpo físico. Você pode compreender a alma como o brilho nos olhos, a vontade de viver ou a opacidade e apatia que ela induz ao corpo, segundo sua condição.
Qualquer acontecimento precisa ter um sentido. Os sintomas de uma doença, por si só, carecem de um significado. A interpretação é necessária para dar sentido ao fato. Como exemplo, você pode imaginar uma pessoa que comete uma agressão contra si mesma chegando ao suicídio. O fato precisa de uma interpretação para que possamos compreender o que a levou ao ato.
Nós não somos uma máquina mecânica, como a visão materialista e mecanicista do mundo tenta nos convencer. Tudo o que acontece no mundo das “formas”, têm uma interpretação metafísica, que parte sempre da abstração. O alfabeto tem significado quando colocado em palavras, assim também o corpo e sua manifestação pode ser interpretada. O corpo não é apenas um conjunto de órgãos aglomerados. O ritmo cardíaco, a respiração, a temperatura, o peristaltismo, a secreção de hormônios e todo o metabolismo do corpo obedecem a uma consciência.
Não basta explicar que o cérebro reptiliano é responsável pelas funções neurovegetativas. O corpo obedece aos estímulos de uma consciência. Não podemos acreditar de modo simplista que o corpo produz emoções pensamentos e sentimentos. Seria o mesmo dizer que o computador após a montagem do hardware, que representa seu corpo, já é capaz, por si só, de produzir conteúdo sem a necessidade do software.
O conteúdo se refere ao mundo da consciência, dos pensamentos e sentimentos que guiam cada pessoa na vida. O sintoma é um alerta do corpo para nos chamar a atenção de que nosso modo de pensar, sentir e agir tem nos adoecido. Os sintomas não são fenômenos acidentais, não são fatos que não tem significado. Eles precisam de interpretação e razão. Não é racional admitir que a doença acontece por acaso.
A própria razão nos leva ao questionamento das causas de qualquer evento. A doença é resultante da falta de harmonia da consciência que se manifesta no corpo físico como um sintoma.
Então, você deve sempre se perguntar:
1.De que eu estou sentindo falta?
2 O que este desequilíbrio quer me ensinar?
3 O que eu preciso mudar nos meus pensamentos e sentimentos?
Não se pode viver de modo automático sem sofrer as consequências disto. A vida pede consciência, este é o aprendizado fundamental. Cada sintoma representa um aprendizado específico, tem uma interpretação particular. Não temos que combater a doença como um inimigo. Temos que conversar com ela, escutar o que ela fala sobre nosso modo de ser equivocado e disfuncional. Também é importante saber que você não é um doente, você está temporariamente adoecido.
A vivência superficial que nos classifica por rótulos, tem nos afetado profundamente, porque deixamos de acessar nosso conteúdo. Não somos como um produto de supermercado que compramos e consumimos. O corpo não é um produto de consumo. Ele reveste e manifesta o nosso ser interno. E o conteúdo interno pode ser modificado, acrescentando ingredientes, retirando outros.
Um corpo bonito, roupas da moda, palavras vazias e selfies nos fazem adoecer porque ficamos na superfície, no rótulo, na aparência do mundo das formas. Deixamos de ter sentido e interpretação. Qual o sentido da vida e de cada um de nós no Universo, de acordo com a visão materialista, simplista e rasa? Tudo fica sem sentido, sem interpretação, sem profundidade.
Os três questionamentos acima, são a ponta de um iceberg que será explorado até sua base mais profunda. Estas perguntas levam você ao seu mundo interior e a interpretação de seus transtornos psicológicos e enfermidades do corpo. É o significado da doença que você precisa descobrir e a partir desta compreensão assumir sua responsabilidade por sua cura que o levará a uma vida plena, com sentido e preenchimento.
É absurdo as pessoas acreditarem que suas emoções, seu mal-estar mental, seja fruto de uma falha no seu mecanismo cerebral, ou de que sua doença no corpo seja apenas um defeito mecânico. O que eu sempre vejo como esboço daqueles que me procuram inicialmente é um estado de ilusão, é a mesma crença limitante sobre quem são. A falta de consciência e o automatismo que foi imposto pela visão da ciência mecanicista, que tenta administrar a doença e não a pessoa.
Namastê
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Texto Revisado
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