É comum encontrarmos em nosso circulo social, entre amigos e familiares, pessoas diagnosticadas com Transtorno Bipolar. E quem sabe, você também já faça parte desse grupo?
A “doença” recebeu esse nome em 1980, como substituto do nome psicose maníaco-depressiva, que era considerado pesado demais para definir um desequilíbrio que não é tão terrível assim e que, com um novo rótulo, popularizou-se.
A psiquiatria o considera um transtorno de humor , que oscila entre a euforia e a depressão. Humor excessivamente animado, exaltado, eufórico, alegria exagerada, extrema irritabilidade, impaciência e inquietação, entre outros sintomas; alternados com sentimentos de melancolia, depressão, vazio, tristeza...
A pessoa apresenta modificações na forma de pensar, agir e sentir.
O transtorno está associado a áreas fundamentais para o processamento das emoções no cérebro. Mas, o que leva alguém a se desestruturar psicologicamente e agir de forma extremista, mudando de humor constantemente e repentinamente?
A falta de resiliência, que é nossa capacidade de flexibilizar e lidar com os problemas, é um fator importante. A irritação que vem fácil ou a euforia, são causadas por certa dificuldade de adaptação às situações diversas, com tendência ao descontrole das emoções.
A resposta emocional exagerada aos estímulos do ambiente gera os extremos. Há vulnerabilidade mental e emocional. As pessoas que sofrem do transtorno bipolar apresentam personalidade facilmente influenciável.
Este ingrediente as tornam mais permeáveis e reativas.
O corpo físico e sua neurofisiologia são o resultado da ação de uma energia contida no campo sutil que se manifesta no plano terreno. Este é o paradigma transpessoal, no qual estão incluídos os aspectos energéticos e espirituais, dos corpos abstratos mental e emocional.
Assim como um computador, uma máquina sem vida, é um hardware que depende dos softwares e das mãos humanas que o utilizam. O corpo físico é uma máquina que necessita do sopro do espírito para se manifestar.
A química corporal depende do espírito, que é o alquimista.
Somos, sim, responsáveis por nosso estado de espírito e humores! Somos espíritos atuando na matéria. E com exceção daqueles que já nascem com anomalias genéticas, como na Síndrome de Down, a ciência não tem condições, ainda, de esclarecer qualquer transtorno psicológico, como essencialmente um problema de anatomia cerebral.
A fisiologia alterada é uma sintomatologia e não a causa de um distúrbio mental. Quando compreendemos, além da limitada ciência mecanicista materialista, podemos notar a interferência do espírito, de sua energia e sintonia vibratória em seus desequilíbrios psicológicos.
A deficiência na produção e liberação de alguns hormônios que causam a sensação de prazer e bem-estar, depende de fatores ambientais, alimentares e outros exógenos. Mas, fundamentalmente, é consequência do microcosmo interior do ser e de fatores endógenos que incluem a condição espiritual de cada um de nós.
Podemos assumir várias "caras", temos vários "eus" dentro de nós e cada um deles exerce sua influência em nosso comportamento. A bipolaridade demonstra a dualidade em que nos manifestamos, entre a ansiedade e a depressão, entre o eu desperto e o eu egoísta. Precisamos encontrar o caminho do meio. Conhecer um pouco mais de nós mesmos e de nossas instabilidades, geradas pelos "eus" que nos habitam, em diversas nuances. E nos associamos aqueles tantos eus que se assemelham conosco no macrocosmo energético.
Em alguns momentos perdemos o foco, enfraquecemos e nos tornamos joguetes das energias circundantes, provenientes de outros espíritos encarnados e desencarnados.
Ficamos abertos às interferências espirituais, dentro de um oceano energético, que nos alcança e nos atinge, em consequência de nossa vulnerabilidade. Em sintonia com outros espíritos, somos impulsionados a agir desequilibradamente. Submissos a força que nos induz ao desregramento nas atitudes excêntricas e extremas.
A obsessão espiritual é o termo utilizado no espiritismo para caracterizar a aproximação e influência negativa e obsessiva que outro espírito pode exercer sobre o encarnado. Ela pode acontecer em vários graus e no transtorno bipolar, causa a impressão que o individuo está desorganizado mentalmente, o que não deixa de ser verdade. Suas emoções são desequilibradas e desconexas.
Perde-se o domínio de si mesmo, passando a agir submetido aos delírios de seus obsessores, que são espíritos doentes, encontrando brechas energéticas e afinidades vibratórias com o obsediado, com seus pensamentos e sentimentos.
A medicação faz o papel de atenuar os sintomas, mas não resolve em definitivo a questão, porque a causa continua. A responsabilidade da cura está na autoconsciência, no aprendizado sobre si mesmo e na mudança vibracional.
O tratamento requer o acesso ao campo mental e emocional , na abstração das ideias que originam o transtorno de bipolaridade, em que se possa compreender e não mais reprimir a dualidade, que assumida nos torna Um. Como seres integrais, temos que aceitar as forças opostas que nos constituem.
Vivemos a dualidade em todas as circunstâncias e o transtorno bipolar é um exemplo do impasse que carregamos. Buscar o caminho do meio como Buda nos ensinou. Compreender o sofrimento procurando eliminar suas causas, pensando, falando e agindo corretamente. Esforçando-se, estando atento e concentrado.
A Psicoterapia Transpessoal traz os instrumentos que conduzem o ser a reencontrar sua Alma e sua plenitudde.
Tomar posse de si mesmo é o caminho.
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