A mediunidade trata do sexto sentido que todos nós possuímos.
Algumas pessoas são mais observadoras e sensíveis, que outras, entretanto,
todos temos o mesmo potencial mediúnico. O médium é um gerador e receptor energético.
A qualidade e intensidade mediúnica depende exclusivamente da observação, compreensão,
condição e evolução do espírito
A dinâmica da parafisiologia mediúnica ocorre por meio dos chacras,
que são centros psicoenergéticos, espalhados pelos corpos sutis. Eles
reproduzem a condição espiritual em que nos encontramos, nossos pensamentos e
sentimentos. Aparelhados aos corpos sutis, os chacras compõem a aura e cada
médium os têm orquestrando sua mediunidade.
Médiuns desequilibrados são resultado de seus chacras
desarmonizados, desafinados. Em geral, todos nós temos algum desequilíbrio nos
chacras e, portanto, desequilíbrios mediúnicos.
Os chacras são movidos por pensamentos somados aos
sentimentos que conduzem as emoções. Por isto, todos os transtornos psicológicos,
de algum modo, induzem e agravam os desequilíbrios mediúnicos.
É uma cadeia sequencial de ocorrências, que partem da
condição espiritual e resultam na saúde holística em médiuns equilibrados,
chacras harmonizados e pessoas saudáveis.
Os chacras estão conectados aos receptores nervosos, denominados
plexos nervosos, que são feixes de nervos do sistema nervoso, espalhados pela
coluna, em pontos estratégicos. Todas as sensações mediúnicas são sentidas, invariavelmente,
pelo sistema nervoso, no corpo físico, onde são interpretadas pela máquina
humana.
Os chacras, portanto, servem à comunicação psicoenergética e extra-sensorial
com ambientes, pessoas, espíritos e com todas as outras dimensões. Captam,
assimilam e emanam as energias das multidimensões, inclusive da dimensão astral;
dos pensamentos, sentimentos e emoções dos espíritos encarnados e desencarnados
que orbitam nesse plano.
Toda energia que os chacras metabolizam é potencializada mediuniicamente
pela afinidade vibracional, quando atraímos espíritos encarnados e desencarnados
que estejam em sintonia conosco. O médium potencializa seus próprios medos,
ressentimentos, tristezas ou bem-estar, amor e paz interior, de acordo com sua
sintonia.
Para que haja sintonia entre médium e espírito, é necessário
que os dois entrem na mesma frequência e quanto mais afinados, melhor a
comunicação mediúnica. Por isto, nos trabalhos de canalização, de passes ou
outro que demande a associação de espíritos encarnados e desencarnados, é
necessário que se façam preces que elevem o padrão vibracional.
A intenção das orações e das práticas nos grupos mediúnicos é
alterar a sintonia dos participantes, colocando-os na mesma frequência e
potencializando o padrão vibracional. É fundamental muita seriedade, por parte
dos médiuns, durante as reuniões de trabalho mediúnico, em que são recebidos
espíritos sofredores, para que sejam amparados da melhor forma.
Da condição mediúnica, intenções do médium, surgem os
problemas e agravamentos dos seus transtornos psicológicos e inclusive das
doenças do corpo físico. Perceba que, o médium ao adentrar um grupo de trabalho,
em que são levados, pelos benfeitores espirituais, grande número de espíritos
desencarnados adoecidos em sofrimento, se não estiver em sintonia adequada, tenderá
a sair do ambiente pior do que quando entrou.
Já ouvi muitos casos de médiuns e inclusive já tratei
terapeuticamente, uma série de casos como acima citei. O médium, no momento em
que entra num hospital espiritual, será afetado pela energia dos doentes e pode
ser contaminado. Mesmo, considerando que há um trabalho severo de assepsia
energética do ambiente, proporcionada pelos benfeitores espirituais, o médium
precisa entender sua responsabilidade diante do grupo.
Além deste fator, o médium é um espírito em aprendizado e
evolução e traz inconsciente, muitas vezes, um cabedal de fragilidades
psicológicas que são facilmente acessadas na sintonia vibratória.
O médium de incorporação, por exemplo, é um canal para
espíritos sofredores que se sintonizam com suas fragilidades, principalmente
contidas e reprimidas por seu superego e aprisionadas no seu lado “sombra”.
Há infelizmente, uma grave confusão no tocante ao
desenvolvimento e trabalho mediúnico, quando se parte do princípio que todo
médium, detentor da sintomatologia da incorporação ou psicofonia, tenha que ir
ao grupo mediúnico incorporar os espíritos sofredores.
Eu passei por alguns anos, trabalhando num centro espírita
kardecista e, na hierarquia que seguem, todo médium de incorporação trabalha na
desobsessão de espíritos sofredores. Acontece que, presenciei, muitos médiuns doentes,
incorporando. É o mesmo que levar alguém com baixa imunidade e adoentado em um
hospital visitar outros doentes e até trabalhar.
É uma incongruência considerar que a facilidade de
incorporação se deve a uma obrigação mediúnica ou tarefa reencarnatória no
ambiente religioso.
Toda mediunidade deve ser desenvolvida paralelamente e
proporcionalmente a evolução espiritual como queiram os espíritas, ou pelo
despertar da consciência, como denominamos na visão transpessoal.
Um doente precisa de amparo e tratamento e pode trabalhar
fora do hospital, quem sabe na recepção. Quando uma pessoa com a mediunidade destrambelhada
e totalmente “aberta” , começa a servir de canal aos espíritos tão
desequilibrados quanto ela, é fato que ela tenderá a piora de sua condição.
Nas casas espíritas que emergem da seriedade sobre a
espiritualidade e os trabalhos mediúnicos, sem considerar que seriedade seja sinônimo
de rigidez ou dogmatismo, os médiuns harmonizam sua mediunidade por meio da “reforma
íntima” a que são induzidos durante o curso de seu aprendizado.
Acontece que, muitas vezes, há uma prática de repressão que
apenas esconde as tendências menos agradáveis e as qualidades naturais do ser
animalizado, suas emoções menos dignificantes.
Somente o olhar despreconceituoso e integral sobre quem somos
é que pode curar e desenvolver médiuns saudáveis. Lembrando-se que todos os
transtornos psicológicos, advém de pensamentos e sentimentos conflitantes e
falta de autoconhecimento.
A transformação e evolução do espírito humano tem que seguir
um novo rumo, em que os frágeis limites dogmáticos e científicos possam ser
dissolvidos e que se integrem no entendimento do ser dual.
A psicologia espiritualista e transpessoal, abarcam a
mediunidade além das fronteiras religiosas ou materialistas, aceitando sem
polarização, todos os conhecimentos que venham enriquecer a busca do ser pleno.
Portanto, os pensamentos e sentimentos ditos “negativos” ou,
melhor dizendo, mais densos energeticamente e de baixa frequência vibracional,
atraem os espíritos da mesa categoria.
Além da abstração dos pensamentos e sentimentos que são
tratados a cada encontro transpessoal entre buscador e terapeuta.Tratar e
manter a saúde energética dos chacras é essencial na terapia transpessoal e
acompanha a psicoterapia, como recurso indispensável, na abordagem terapêutica.
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