sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Transtorno Bipolar X Influências Espirituais



É comum encontrarmos em nosso circulo social, entre amigos e familiares, pessoas diagnosticadas com Transtorno Bipolar. E quem sabe, você também já faça parte desse grupo?

A “doença” recebeu esse nome em 1980, como substituto do nome psicose maníaco-depressiva, que era considerado pesado demais para definir um desequilíbrio que não é tão terrível assim e que, com um novo rótulo, popularizou-se.

A psiquiatria o considera um transtorno de humor , que oscila entre a euforia e a depressão. Humor excessivamente animado, exaltado, eufórico, alegria exagerada, extrema irritabilidade, impaciência e inquietação, entre outros sintomas; alternados com sentimentos de melancolia, depressão, vazio, tristeza...
A pessoa apresenta modificações na forma de pensar, agir e sentir.

O transtorno está associado a áreas fundamentais para o processamento das emoções no cérebro. Mas, o que leva alguém a se desestruturar psicologicamente e agir de forma extremista,  mudando de humor constantemente e repentinamente?

A falta de resiliência, que é nossa capacidade de flexibilizar e lidar com os problemas, é um fator importante. A irritação que vem fácil ou a euforia, são causadas por certa dificuldade de adaptação às situações diversas, com tendência  ao descontrole das emoções.

A resposta emocional exagerada aos estímulos do ambiente gera os extremos. Há vulnerabilidade mental e emocional. As pessoas que sofrem do transtorno bipolar apresentam personalidade facilmente influenciável.
Este ingrediente as tornam mais permeáveis e reativas.

O corpo físico e sua neurofisiologia são o resultado da ação de uma energia contida no campo sutil que se manifesta no plano terreno. Este é o paradigma transpessoal, no qual estão incluídos os aspectos energéticos e espirituais, dos corpos abstratos mental e emocional.
Assim como um computador, uma máquina sem vida, é um hardware que depende dos softwares e das mãos humanas que o utilizam. O corpo físico é uma máquina que necessita do sopro do espírito para se manifestar.

A química corporal depende do espírito, que é o alquimista.

Somos, sim, responsáveis por nosso estado de espírito e humores! Somos espíritos atuando na matéria. E com exceção daqueles que já nascem com anomalias genéticas, como na Síndrome de Down, a ciência não tem condições, ainda, de esclarecer  qualquer transtorno psicológico, como essencialmente um problema de anatomia cerebral.

A fisiologia alterada é uma sintomatologia e não a causa de um distúrbio mental. Quando compreendemos, além da limitada ciência mecanicista materialista, podemos notar a interferência do espírito, de sua energia e sintonia vibratória em seus desequilíbrios psicológicos.

A deficiência na produção e liberação de alguns hormônios que causam a sensação de prazer e bem-estar, depende de fatores ambientais, alimentares e outros exógenos. Mas, fundamentalmente, é consequência do microcosmo interior do ser e de fatores endógenos que incluem a condição espiritual de cada um de nós.

E como espíritos, potencializamos as nossas instabilidades típicas, devido as influências que sofremos de nossa interação constante com outros espíritos e energias, visto que somos seres de energia. Estamos todos nos relacionando, tanto na esfera terrena quanto nos planos sutis, em sintonia energética. Estamos todos conectados e existe apenas uma ilusão de separatividade.

Podemos assumir várias "caras", temos vários "eus" dentro de nós e cada um deles exerce sua influência em nosso comportamento. A bipolaridade demonstra a dualidade em que nos manifestamos, entre a ansiedade e a depressão, entre o eu desperto e o eu egoísta. Precisamos encontrar o caminho do meio. Conhecer um pouco mais de nós mesmos e de nossas instabilidades, geradas pelos  "eus" que nos habitam, em diversas nuances. E nos associamos aqueles tantos eus que se assemelham conosco no macrocosmo energético.

Em alguns momentos perdemos o foco, enfraquecemos e nos tornamos joguetes das energias circundantes, provenientes de outros espíritos encarnados e desencarnados.

Ficamos abertos às interferências espirituais, dentro de um oceano energético, que nos alcança e nos atinge, em consequência de nossa vulnerabilidade. Em sintonia com outros espíritos,  somos impulsionados a agir desequilibradamente. Submissos a força que nos induz ao desregramento nas atitudes excêntricas e extremas.

A obsessão espiritual é o termo utilizado no espiritismo para caracterizar a aproximação  e influência negativa e obsessiva que outro espírito pode exercer sobre o encarnado. Ela pode acontecer em vários graus e no transtorno bipolar, causa a impressão que o individuo está desorganizado mentalmente, o que não deixa de ser verdade. Suas emoções são desequilibradas e desconexas.

Perde-se o domínio de si mesmo, passando a agir submetido aos delírios de seus obsessores, que são espíritos doentes, encontrando brechas energéticas e  afinidades vibratórias com o obsediado, com seus pensamentos e sentimentos.

A medicação faz o papel de atenuar os sintomas, mas não resolve em definitivo a questão, porque a causa continua. A responsabilidade da cura está na autoconsciência, no aprendizado sobre si mesmo e na mudança vibracional.

O tratamento requer o acesso ao campo mental e emocional , na abstração das ideias que originam o transtorno de bipolaridade, em que se possa compreender e não mais reprimir a dualidade, que assumida nos torna Um. Como seres integrais, temos que aceitar as forças opostas que nos constituem.

Vivemos a dualidade em todas as circunstâncias e o transtorno bipolar é um exemplo do impasse que carregamos. Buscar o caminho do meio como Buda nos ensinou. Compreender o sofrimento procurando eliminar suas causas, pensando, falando e agindo corretamente. Esforçando-se, estando atento e concentrado.

A Psicoterapia Transpessoal  traz os instrumentos que conduzem o ser a reencontrar sua Alma e sua plenitudde.
Tomar posse de si mesmo é o caminho.
Namastê

ORIENTAÇÃO E TERAPIA TRANSPESSOAL COM
NADYA PRADO 
Informações, valores e agendamento envie e-mail para nadyaprado@uol.com.br

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

A Química do Sofrimento da Alma


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 Um artista pintou uma tela que traduzia o seu sofrimento. Em um arroubo de fúria ele a destruiu, mas o seu sofrimento continuou lá dentro dele, nada mudou.
Em todos os desequilíbrios psicológicos e físicos nos defrontamos com o sofrimento que está além da dor física que pode ser apalpada num exame médico.
Somos portadores dessa sensação que extrapola os cinco sentidos e que chamamos de sofrimento. Ele não é físico, mas é sentido em alguma parte de nós. O sofrimento não pode ser tocado pelas mãos, mas algumas vezes, ele vem à tona, na catarse, quando recebemos uma massagem, num abraço, num carinho.
Ele está presente em nosso ser, incomodando, roubando o nosso prazer, destruindo nossos relacionamentos, tirando nossa qualidade de vida e nosso direito a felicidade.
Nos transtornos psicológicos, o sofrimento é mais crível e no ambiente das sessões psicoterápicas, ele é o personagem principal. Falar sobre o sofrimento e tentar resolver as questões que ele acomete, faz parte do processo terapêutico.
O sofrimento é um vilão implacável e a ciência tem um entrave em relação a ele, porque em seu paradigma materialista não cabem sensações sutis ou abstratas. Ele surge somente na escuridão sutil.
Por esta dificuldade, por uma visão estreita aos limites da mecânica materialista, o ser humano é combalido pelos venenos que ele próprio fabrica, na ânsia que traz para alterar a química do sofrer.
Porém, não basta mudar a química do corpo se não compreendermos a química da alma. E como tratar a alma?
A medicação para a alma é o acolhimento, a aceitação e a transformação do sofrimento em cura. Um caminho que faz florescer a compaixão e dissolver o campo das emoções destrutivas.
Em pequenas doses de autoconsciência podemos compreender que todo sofrimento traz, no fundo, um desejo por amor, prazer, alegria, bem-estar. Essas sensações internas que, ignorantes de nós mesmos, buscamos fora de nós. Tentamos sentir sensações agradáveis em alguém, em alguma situação ou objeto de desejo. Mas, todo o bem-estar que se baseia no outro, sempre é passageiro.
Nada que venha de fora, seja o que for, seja quem for, será capaz de prover nosso mundo interior permanentemente. Porque nada temos, mais que a nós mesmos. E precisamos aprender a conviver com a nossa própria companhia.
O sofrimento é falta de autoamor. É uma casca dura e grossa que criamos no campo emocional e mental, dos pensamentos e sentimentos disfuncionais. Uma casca que ganha vida própria, porque acreditamos em sua existência.
Pensamentos e sentimentos disfuncionais sobre a vida, sobre quem somos. E geram um corpo de sofrimento, desequilibrado e constituído de medo. Ficamos envoltos por uma sombra que não permite a passagem da luz que nosso ser essencial traz.
Esse corpo de sofrimento que é sutil e tão real vai se cristalizando e atingindo o corpo físico.
É necessário regatar a alegria e o prazer pela vida, desmanchar a corpo do sofrer. Ele serve como uma defesa, um escudo protetor contra novas experiências. Ele é constituído por experiências negativas do passado que são sua matéria prima. O corpo de sofrimento impede a liberação dos hormônios da felicidade, do bem-estar.
Ele nos fala o tempo todo sobre o que é certo ou errado, sob o prisma do passado e como podemos tentar controlar o futuro. Ele produz doenças no corpo e alimenta a mente doentia.
Para tratar as doenças geradas pelo corpo de sofrimento até dissolvê-lo é necessário escapar das armadilhas da mente e nos colocar no aqui e agora.
Primeiro praticar meditação e observar o corpo do sofrer. Dissociar-se dele e acessar a luz interior que cura. Um caminho do sofrimento ao amor incondicional, do medo à compaixão, do ego ao self, do sofredor ao iluminado.
E assim guiar a reconstrução de um ego saudável que serve ao espírito como roupagem transitória para suas conquistas eternas.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Pessoa tóxica, veneno que pode curar!


Como dizem por aí, a diferença entre o veneno e o remédio está na dose. O paradoxo sobre o veneno que cura ajuda a explicar um equívoco referente ao conceito sobre pessoas tóxicas, quando consideramos que essas pessoas nos contaminam. Será que são um mal necessário, como um veneno que pode curar? Até que ponto as pessoas tóxicas podem nos servir como um remédio a nosso favor?

Vamos partir do princípio que um relacionamento é um vínculo, que agrega dois lados com algum interesse ou afinidade, em comum. No trabalho, encontramos pessoas que, de algum modo, têm os mesmos objetivos profissionais, seja quanto a ganhar dinheiro ou por compartilharem o mesmo ambiente empresarial e seguirem a mesma área de atuação. Na família, não há dúvida sobre o fato de nos relacionarmos uns com os outros por alguma associação, ao menos, consanguínea, como no caso dos irmãos. Escolhemos nossos grupos sociais e também nossas amizades e relacionamentos amorosos. E se quisermos ampliar esta visão sobre os relacionamentos, podemos dizer que estamos no mesmo planeta, não por culpa do acaso. Algo em comum há entre nós e não podemos nos isolar como se não pertencêssemos à humanidade.

As pessoas tóxicas que surgem em nossa vida, são pessoas que não caem de paraquedas em cima de nós. Elas mexem com a gente. Mesmo em uma circunstância de aparente acaso, elas acionam sentimentos e emoções que nos incomodam. Elas têm o poder de acessar um lado sombrio que temos, elas são um gatilho. Quando uma pessoa me faz sentir raiva, eu não posso dizer que ela é culpada por eu me sentir assim, porque a raiva é minha, está em mim.

Na verdade, algumas pessoas conseguem nos tirar de um suposto equilíbrio. Porém, não há equilíbrio em quem se desequilibra. Há sim, uma camada superficial de disfarçada sensatez, que logo se perde quando estamos diante de uma pessoa que consegue nos tirar do sério. As pessoas as quais andam rotulando de tóxicas, são nada mais que pessoas que conseguem fazer vir à tona emoções, que estavam guardadas nas profundezas, meio escondidas. Emoções que ainda temos para curar e por isto as pessoas tóxicas são mais um remédio que um veneno para a nossa alma. Tem várias pessoas que servem como gatilho, deste nosso lado frágil, seja na família, no trabalho, na vida. Temos que aprender algo com elas, isto é certo, são um mal necessário. Por exemplo, posso citar os políticos corruptos deste país, que me deixaram numa “pindaíba danada”. Não tenho culpa sobre o que acontece hoje no Brasil, na economia, na política. Hoje não tenho plano de saúde, não tenho renda fixa, não tenho segurança. Posso descascar aqui o abacaxi que a vida me proporcionou e de forma alguma escolhi conscientemente viver na esfera da vida terrena, do paradigma materialista.

Eu posso sentir uma grande revolta ou me resignar, em minha vida. Apenas duas opções, nada mais. Algumas vezes, acho que é bom sentir raiva e transformá-la em combustível para mudar o que eu posso e quanto aquilo que não está em meu poder, eu tenho que aprender sobre resignar-me. A resignação me leva a aceitar a situação atual e me permite tentar algo diferente. Como espiritualista e sob o paradigma de que fazemos parte de algo maior, compreendo que há harmonia nesta confusão superficial. Mas, não é fácil lidar com as emoções que afloram nas dificuldades. Primeiro vem a revolta, como parte de uma negação, sinto raiva pelas adversidades. É meu animal se manifestando. Porém, quando me demoro nesta energia, acabo me vendo numa jaula me debatendo e me envenenando com as minhas emoções negativas. Em algum instante de lucidez vejo que estou perdendo minha energia e que deveria usá-la para tentar mudar minha situação. Estes sentimentos que trago à tona, revelam quem eu sou e em que ponto estou de meu processo de autoconhecimento e crescimento. É a minha condição espiritual, mental e emocional. O sentimento é meu, seja de raiva ou de resignação. Se alguém ou algo me atinge no centro do meu ser e me desestrutura, isto é responsabilidade minha e não do outro.

Nos relacionamentos somos colocados frente a nós mesmos. Por isto, somos afetados negativamente quando temos que nos desfazer de alguns sentimentos e emoções negativas, que carregamos como espíritos em evolução. E assim, as pessoas conseguem nos atingir, com o lado tóxico, que cada um carrega, porque estamos abertos e indefesos, ainda sem imunidade para nos protegermos. São essas pessoas que nos servirão de remédio, como vacinas contra um mal maior. Também, tanto quanto elas, temos uma sombra enorme para iluminar. Então, vamos deixar o orgulho de lado, lembrando dos nossos próprios venenos que nos fazem adoecer e que muitas vezes ofertamos para aqueles com os quais ainda temos que nos relacionar. Apontar o dedo, julgando e culpando os outros, é uma solução ingênua de repulsa e solidão. Melhor é começar por nós mesmos, a curar o que precisa ser curado, no encontro com a outra parte de nós, que ainda se esconde de vergonha. Nesta relação íntima com as nossas limitações, seremos capazes de nos imunizarmos das pessoas tóxicas, sempre pelo toque do amor. Namastê

 Saiba mais em https://www.psicologiaespiritualista.blogspot.com.br Orientação e terapia transpessoal: informações e valores: nadyaprado@uol.com.br

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Medicina garante, espiritualidade faz bem à saúde!



Estamos caminhando para uma compreensão maior sobre saúde. Não é novidade para as medicinas ayurveda e tradicional chinesa, a interação entre modo de vida, emoções, mente e corpo. Nem tão pouco para nós, agentes de saúde, que acreditamos e praticamos a visão holística nos cuidados à saúde.
Durante o 73° Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado em setembro de 2018, em Brasília, médicos se reuniram para abordarem a relação entre espiritualidade e doenças cardiovasculares, embasados nas práticas clínicas.

Os cardiologistas brasileiros iniciaram seus debates a partir dos trabalhos realizados pela Dra.Christina Puchalski, líder e pioneira internacional dos movimentos de introdução da espiritualidade no conjunto clínico dos cuidados com a saúde e educação médica. Fundadora e diretora do Instituto George Washington de Espiritualidade e Saúde, ela é reconhecida em sua trajetória na revolução da assistência à saúde, integrando totalmente a espritualidade para prestação de cuidados holísticos e dando voz ao paciente e suas histórias espirituais ou pessoais, até um nível de diálogo e debate internacional,  focando em cuidados complementares, espiritualidade e saúde. Tanbém é muito respeitada por seu trabalho no desenvolvimento de currículos educacionais interdisciplinares e modelos inovadores de atendimento médico.
É importante salientar que espiritualidade aqui abordada, não tem a ver com religião e, inclusive, o próprio presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia esclarece que a espiritualidade a que se referem é o conjunto de valores e de atitudes no âmbito mental e emocional que norteiam positivamente ou não, cada pessoa em seus pensamentos e relacionamentos. Que ótimo! É exatamente deste modo que podemos trazer a discussão com mais clareza. As dimensões abstratas da mente e das emoções que guiam a vida de cada pessoa propiciam a saúde ou a doença. 

Os valores das pessoas geram pensamentos, sentimentos e emoções específicos ao modo dela enxergar o mundo. E estes são os gatilhos para a saúde ou para a doença. Uma pessoa que guarda ressentimentos e alimenta raiva ou decepções e que vive desiludia com o mundo, está mais propensa a desenvolver distúrbios orgânicos.
No tocante ao coração e as doenças cardiovasculares, os cardiologistas brasileiros utilizam a anamnese espiritual. Eu fiquei encantada quando descobri. A anamnese é uma ficha que, nós profissionais da saúde, devemos utilizar para averiguar o histórico do cliente e sua saúde. 


A ficha de anamnese espiritual é voltada ao questionamento de elementos mais abstratos e tão relevantes quanto os fatores físicos. Como cada pessoa se relaciona com o meio ambiente, com a vida e com as outras pessoas é essencial para a saúde, seja do coração, dos pulmões ou dos intestinos. 
A saúde mental e física são produtos da espiritualidade de cada um. Como o dr Amit Goswami diz: a "causação ascendente" dos desequilíbrios deve ser compreendida.Causação ascendente é um termo traduzido para o português para explicar os sintomas das doenças no corpo físico que advém de causas espirituais, em primeira instância, ou seja, é o que eu chamo de "estado de espírito".
O estado de espírito é determinante para a saúde.

A Naturopatia têm objetivado a promoção e a prevenção da saúde, nos moldes dos conhecimentos trazidos do oriente que inclui a espiritualidade e as dimensões abstratas da mente e das emoções, como campos de energia que podem ser tratados e curados, propiciando como resultado, a saúde do corpo físico. Saúde é um contexto genérico e para você entender, vamos identificar o conjunto de fatores que o tornam saudável ou não, em uma hipótese, partindo do exemplo dos problemas cardiovasculares:
Condição espiritual: Autoestima baixa e falta de sentimento de gratidão.
Padrão mental: crenças: eu não sou bom o suficiente, tudo é tão difícil, é muita pressão.
Padrão emocional:  medo de enfrentar as situações, sente-se fraco, uma vítima, fica em constante alerta porque as pessoas podem o machucar.
Padrão comportamental: reclusão, atitude repressora consigo mesmo, desenvolvendo transtornos psicológicos de ansiedade. Alimentação deficiente, sem atividades físicas.
Sintomas físicos: hipertensão e arritmias cardíacas, entre outros desequilíbrios de maior impacto e intensidade.
A saúde é dinâmica e tem que ser promovida dia a dia, no movimento da vida. Muitos desequilíbrios são consequência da falta de conexão e autoconhecimento do seu ser integral:
- corpo, mente, emoções e espiritualidade.
Preste atenção como você tem vivido e se relacionado. Será que está na hora de se conhecer melhor?
Veja se é capaz de compreender o porquê de seus embates, o que você tem defendido como verdade absoluta em sua vida?
As doenças são um meio para nos despertar de padrões repetitivos que assumimos e que geram o sofrimento. São padrões automáticos que mal  percebemos na rotina da vida. Entretanto, é exatamente esta falta de autoconhecimento e consciência que impedem a cura que almejamos alcançar, através da mudança que nos cabe.

Seja Amor!
Nadya Prado
Para saber mais sobre Naturopatia e Terapia Transpessoal acesse: https://www.naturopatiaeterapiasorientais.blogspot.com.br  e https://www.psicologiaespiritualista.blogspot.com.br
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quarta-feira, 24 de julho de 2019

Autoconsciência X Autoconhecimento, qual a diferença?



Procurando sobre conceitos para autoconhecimento e autoconsciência, antes de escrever este artigo, percebi que não há nada muito claro sobre o assunto, pelo menos dentro do meu padrão, do que considero como clareza.
É inato no espírito humano a busca pelo conhecimento, o que demanda também a questão do autoconhecimento. Conhecimento sobre o planeta, a natureza e a vida, oferecidos pela ciência, que incluem a anatomia e fisiologia humana e, portanto, envolvem o conhecer a nós mesmos, ou seja, o autoconhecimento. Eu e você somos parte da natureza, constituídos por elementos do planeta que nos acolhe, a mãe Terra.
Porém, o autoconhecimento não extrapola as barreias da ciência materialista. Quando adentramos a esfera abstrata que a neurociência, a medicina e a psiquiatria não alcançam, iniciamos, no meu entendimento, o caminho transpessoal, que vai além do autoconhecimento. É o que chamamos de autoconsciência e que apesar dela conter o autoconhecimento, não são a mesma coisa.
Autoconsciência é o que as filosofias, psicoterapias e práticas orientais como o budismo, taoísmo e yoga, além das culturas indígenas de todas as regiões do planeta, proporcionam e o autoconhecimento é o que a civilização ocidental tem feito de forma prepotente, tentando moldar a natureza, a mente e a vida a seu favor, em prol de seu ego.
A autoconsciência contém o autoconhecimento, mas o autoconhecimento não contém a autoconsciência, porque partem de pressupostos diferentes. O autoconhecimento é individualista e a autoconsciência nos leva a comunhão com o céu e a terra.
Atualmente temos falado muito sobre autoconhecimento, como ferramenta para uma vida saudável mental e material. Saímos da primazia da razão do córtex cerebral e da inteligência racional e estamos acessando os recursos da inteligência emocional, mas continuamos apenas moldando, reformando, trocando as telhas da casa do autoconhecimento. Eu pergunto a você o que será que temos além desta casa em que o ego habita em sua individualidade?
A autoconsciência é o universo e o autoconhecimento é a casa que escolhemos morar. Por este motivo continuamos infelizes, insatisfeitos com o que temos e persistimos em querer sempre mais ou algo diferente. Não basta a casa do autoconhecimento porque bem lá no nosso ser interior, sabemos que não somos somente o que o autoconhecimento nos traz.
Já tem muita gente duvidando de que possamos chegar a um denominador comum sobre quem somos, a partir do autoconhecimento e eu concordo. O autoconhecimento se limita aos muros da ciência materialista. E algumas pessoas já estão pulando os muros, andando pelas redondezas e descobrindo novos ambientes.
O autoconhecimento não é suficiente para sabermos quem somos e o que estamos fazendo aqui. Ele não explica nossa instabilidade constante que vai muito além do espectro das emoções, que refletem a nossa animalidade.
Sim, somos animais racionais, mas não paramos por aí. Temos muito ainda a descobrir sobre nós mesmos e a autoconsciência, que é ir além da casa do ego, é o caminho. Siddartha Gautama, o Buddha, sintetizou o mapa que nos tira da casa do autoconhecimento e nos leva para o universo da autoconsciência.
Em poucas palavras, ou melhor, sem dizer uma palavra, ele disseminou o mapa da autoconsciência.
Há cerca de dois mil e seiscentos anos, uma grande assembleia se reuniu para ouvir os ensinamentos de Buda.
“...Ele trouxe uma flor em sua mão. Olhou para todos na Assembleia, piscou os olhos e sorriu. Não pronunciou uma única palavra. As pessoas se entreolharam surpresas. Qual o significado desse sermão silencioso? Apenas uma, entre todas as inúmeras pessoas presentes, o compreendeu, piscou os olhos e sorriu de volta. Era Makakasho, o primeiro discípulo de Buda a receber a transmissão do Darma, a confirmação de que ele era um de seus sucessores diretos, que o compreendia em grande intimidade. Em silêncio e no silêncio os ensinamentos (Darma) assim foram passados de uma pessoa a outra, pela primeira vez. Buda então disse: "Eu possuo a maravilhosa mente de Nirvana (paz, tranquilidade sábia) e a visão que preserva o tesouro dos verdadeiros ensinamentos. Agora, os transmito a você, Makakasho..." (texto retirado do artigo de Monja Coen, Matéria sobre a importância do silêncio)
Entre alguns dos seus ensinamentos, a principal compreensão é a do silêncio que dissolve a mente ilusória e impermanente.  Traz a reflexão de que autoconhecimento é a mente, é uma ilusão. A morte da mente e da ilusão da vida, esta é a realidade atemporal e absoluta que somente a autoconsciência tem potencial para vivenciar.
Busque autoconsciência, saia do mundo da ilusão de que o autoconhecimento pode gerar plenitude. Ele produzirá alguns momentos de prazer, quem sabe, mas jamais tirará você da rota obscura da visão parcial sobre quem é você.

Namastê





sexta-feira, 5 de julho de 2019

Intoxicação Energética e Autodefesa - causas,sintomas, consequências, tratamento



As pessoas não fazem ideia do quanto é comum e corriqueira a troca energética, que acontece nos ambientes que frequentamos, com quem falamos e, às vezes, mesmo sem qualquer interação perceptível, bastando uma troca de olhares ou de sintonia vibratória. Comunicamo-nos com o mundo, em primeiro lugar, por meio da aura, interagindo no oceano energético no qual estamos imersos.

Estamos suscetíveis, captando e assimilando ideias, pensamentos, sentimentos que pairam na psicosfera, que é exatamente este campo energético psíquico. Cada pensamento e sentimento tem uma forma, uma cor, uma vibração que se misturam, da psicosfera individual para a coletiva. 
No planeta Terra vibramos, em maioria, ainda, na sintonia energética das expiações e provas, que comandam o fluxo de vida terreno, mais voltado ao campo das emoções animalizadas e egoístas. Portanto, nem sempre, é muito fácil nos libertarmos da psicosfera terrena, que acolhe tantos pensamentos e sentimentos de infelicidade, de sofrimento.
Quando você lembra a relação dos gases com o corpo físico, ao respirar, inspirando oxigênio e descartando o gás carbônico, você pode fazer uma associação deste processo biológico com o que acontece em nosso campo energético.

Respiramos energia, inspiramos e expiramos o prana. Também conhecido como qi ou ch’i, o prana é a energia vital que está presente na Natureza de diversas formas. Tanto quanto o oxigênio que respiramos, o prana pode estar contaminado, poluído. No ar, as partículas dos gases emanados pelos carros e outros poluentes, impactam nossa saúde física quando os inalamos e, do mesmo modo, ocorre com a assimilação do prana.
Concluímos, finalmente, que respiramos pensamentos e sentimentos e podemos nos contaminar com eles.

Alguns sintomas de intoxicação energética mais comuns são:

ü  Cansaço sem explicação aparente;
ü  Olhos pesados e dificuldade para focar imagens;
ü  Enjoo;
ü  Peso na testa e na cabeça;
ü  Sensação de torpor corporal;
ü  Peso nas pernas e nos braços;
ü  Dificuldade para pensar;
ü  Aperto no peito, angústia;
ü  Formigamentos pelo corpo;
ü  Sono inexplicável;
ü  Vontade de comer determinados alimentos.


Quando não tratamos e curamos o nosso campo áurico, das intoxicações que sofremos regularmente, visto à vulnerabilidade em que nos encontramos, chega um momento em que as doenças começam a surgir no corpo físico e os transtornos psicológicos se intensificam, tornando-se crônicos e exacerbados.

Doenças autoimunes, consideradas na medicina pela interação psicossomática, também se intensificam, mediante a psicosfera tóxica, que provoca alterações no sistema imunológico áurico.
A prevenção é a atitude mais sensata para nos mantermos energeticamente saudáveis. Além da prevenção, quando sentimos os sintomas iniciais da intoxicação energética, precisamos urgentemente começar a promover o reequilíbrio, por meio dos instrumentos e medicamentos de ação energética, capazes de higienizar e harmonizar o sistema parafisiológico que mantém o equilíbrio dinâmico de nossa aura. 

A Naturopaita e a Terapia Transpessoal servem como recursos eficientes para a cura. A visão do ser integral, como um microcosmo sob o comando de cada indivíduo, torna-nos potencialmente autocuradores.
Se você ainda não faz nenhuma prevenção ou tratamento para sua saúde energética, você pode começar agora a se cuidar. Afinal, nunca é tarde para viver com plenitude e saúde. Sim, é possível, apesar da psicosfera em que temos vivido, proporcionarmos a nós mesmos uma vida mais prazerosa e saudável. Aqui deixo para você um presente auspicioso, que irá ajudar em seu caminho de cura energética.

O PORTAL DE LUZ
Todos os dias antes de sair de casa, sente-se por alguns instantes, feche os olhos e visualize a porta principal de seu lar, por onde todos saem e entram. Você pode, se quiser, olhar antes para a porta, levando toda sua atenção à ela, e ao fechar os olhos, ela continuará em sua visão, agora no “terceiro olho”.
Neste momento, comece a visualizar, por toda volta do batente, uma linda luz violeta. Ela é tão forte que reflete sobre toda a porta e além dela. Essa luz banhará a aura de todos que por ali passarem, incluindo a sua. Ela ajudará a formar uma proteção áurica enquanto você estiver na rua e ao voltar, ela será como uma ducha que limpa as energias deletérias que, eventualmente, você tenha captado durante o dia.
Não se esqueça, tenha um compromisso com você mesmo, nesta prática. Você estará, todos os dias, plasmando um portal de luz em seu próprio lar, capaz de ajudar a limpar o seu campo áurico das intoxicações energéticas e ao mesmo tempo, evitando que seu lar também fique impregnado energeticamente.

Namastê

Para atendimento particular, informações e valores:
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quinta-feira, 4 de julho de 2019

Cuidando de sua casa interior


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Seja pela porta de sua casa ou de seu coração, esteja atento a quem deixa entrar em sua vida.
Sei que aprendemos a não negar amparo e abrigo a ninguém e que devemos acolher o outro. Porém, o nosso espaço físico, emocional, mental e espiritual, pode ser invadido por energias que não nos pertencem, prevalecendo-se da falta de limites e atenção de nossa parte.

Ser “bonzinho” nem sempre é o ideal para conquistarmos uma relação saudável. Precisamos saber em que momento dizer não, recusar, fechar-se. Proteger-se como uma forma de autoamor.

As relações amorosas, profissionais, familiares e sociais devem ser construídas respeitando-se alguns limites.
Não se perca querendo agradar a todos, esteja em si, O autoconhecimento convida você a compreender melhor a si mesmo e, tomando posse de si, você tem a  possibilidade de melhores escolhas. Agrade primeiro a si mesmo.

Se alguém vai entrar em sua vida , essa pessoa  precisa ser convidada por você. Escolher seus relacionamentos e como eles serão é sua responsabilidade. Depois você não poderá culpar o outro pelo que tem acontecido com você. 

Não se deixe ser facilmente influenciado. Assuma uma postura firme e ao mesmo tempo flexível, não confundindo firmeza com rigidez. Você tem que saber o que quer , que tipo de relacionamento você quer viver. A falta de posicionamento e de foco diante da vida e das pessoas, divide-nos em atitudes divergentes e nossa energia se torna flácida, descompactada, permeável e se esvai. Perdemos o domínio de nós mesmos, envolvidos no emaranhado das influências externas.

Deixar que o outro vá além dos limites, enfraquece nossa integridade , tanto física quanto espiritual. e somos bombardeados pela energia alheia.  E caso não tenhamos estrutura suficiente para continuarmos no domínio, nossas defesas são destruídas facilmente.

A flexibilidade e resiliência são a chave para o acolhimento, mas com imposição de limites. A resiliência é como um elástico que se expande, sofrendo o estresse e a tensão e depois voltando ao seu formato original. A flexibilidade é como um bambu que se enverga sem quebrar. Então isso nos leva a compreensão de que devemos saber ouvir e acolher, sem, no entanto, nos desfazermos em pedaços. 

Mas, como agir para manter a integridade, ocupando nosso espaço na vida sem ferir o próximo ou ser egoísta?Como impor limites?

Tem gente que deixa as portas de sua casa abertas para quem quiser entrar. Perceba que quando convida alguém para entrar, você estará sujeito a receber as influências que essa pessoa traz consigo. Imagine que alguém entre com os sapatos sujos de lama, porque você não reparou ou viu e ficou com vergonha de pedir para retirá-los... Você terá que limpar o seu chão, lavar o tapete.
Em todos os âmbitos da vida é deste modo que as coisas acontecem.

Numa relação amorosa, aprendemos sobre o amor e amar não é deixar que o outro se imponha, prevalecendo as vontades dele ou que manipule o convívio. Ambos devem ser respeitados e a liberdade de um termina quando começa a do outro. Independência acima de tudo! O autoamor é o sentimento que nos imuniza contra invasores. Primeiro amar a si mesmo e assim ter a capacidade de amar o outro.

Na vida profissional, a imposição de limites é essencial à sobrevivência dentro do grupo de colaboradores. Estar aberto às inovações, às mudanças constantes, ser flexível. E tudo sem, no entanto, permitir ser explorado e esmagado pelos outros e pela organização.

Na vida familiar, também, a sua postura será uma manancial de conflitos ou de carinho e paz entre os familiares. Aquele velho ditado que diz para não colocar mais lenha na fogueira. A convivência é mesmo complicada, exige jeito... 

Em todas as relações, o principal é não se guiar pelo medo, porque ele é a porta aberta para os convidados inconvenientes. Medo de assumir o seu espaço, suas convicções, seus questionamentos. Ser o que é, assumindo sua condição atual, seus defeitos, seus méritos, seus talentos, suas sombras. Estar flexível para o novo , para o autoconhecimento  e a transformação interior. 
O medo também é não agir como um animalzinho ferido e feroz, com raiva e agressividade desmedida.

Lembre-se:

Toda construção requer alicerces que a sustentem e lhe tragam estabilidade. Sua casa interior deve estar protegida contra as intempéries da natureza e ser suficientemente acolhedora para que todos os convidados possam ser recebidos. Escolha quem quer convidar, você não precisa receber o fofoqueiro que fala mal de todos ou o bêbado que quebra seus copos.   

Enfim, entenda que estar na energia do “bem” não significa acolher as mazelas, engolir sapos e pisar na lama. Amar ao próximo não é se deixar de lado em prol do outro. Ajudar a quem precisa não é anular suas próprias necessidades.
A prosperidade, a saúde e plenitude são resultados do autoamor que proporciona a sabedoria para escolher quando e a quem abrir as portas.

Seja o seu falar “sim, sim, não, não” (Mateus,5,30)

Seja Amor!

Nadya Prado

 

domingo, 28 de abril de 2019

Wu Wei, uma prática poderosa de cura!


Pode ser que você já tenha tentado muitas técnicas para trazer saúde e prosperidade para sua vida, mas se ainda não conquistou os seus ideais e a plenitude que busca, significa que tem algo que falta para o seu entendimento e transformação.

Um dos conceitos mais antigos sobre cura e fundamental no Taoísmo é o princípio da não-ação, conhecido por Wu wei. Não significa que não devemos agir e sim que a ação não deve ter intenção. Quando estamos conectados com a consciência cósmica, deixamos o território do ego e de todas suas instabilidades emocionais e mentais. Colocamos o nosso ser em comunhão com o fluxo do Tao, possibilitando a cura de nossos desequilíbrios.


Tao significa caminho e define o Taoísmo, filosofia e religião oriental que teve como precursor Lao Tzu, mestre autor do livro Tao Te Ching, há mais de 300 anos a.C.


Não temos que chegar em algum lugar e sim devemos contemplar o caminho, com plena atenção. A contemplação é um estado de êxtase com as coisas do Céu e da Terra, numa entrega confiante ao fluxo da vida.


Sinta-se como um monge de pés descalços que pisa a terra crespa que os fere, calejando a cada passo. Respire profundamente a vida e deixe que ela adentre o seu ser. Perceba a paisagem como sendo parte dela, envolva-se com ela, seja como for. Este é o caminho do buscador do Tao e do curador.


Wu wei é o estado de meditação, de plena atenção, que permite a energia fluir como as águas do rio que desaguam no mar e se fundem a ele. Estado de presença no aqui e agora que dissolve o “eu” e seus desmedidos desejos e expectativas por resultados.


O primeiro erro de quem busca a cura, seja de alguém ou sua, é o desejo por se livrar da doença, do desequilíbrio, o quanto antes. Esta é uma postura de fuga que não permite o olhar atento para o problema e a compreensão do seu significado.


Quando me perguntam, o que deve ser feito para obter a cura, eu digo que nada deve ser feito... É o nada que cura, o vazio que permite o preenchimento.


Nenhum movimento que tire você de onde está agora. Você tem apenas que vivenciar tudo que está sentindo e deixar que o ciclo se complete.


Toda a ansiedade que o pensamento gera e sua expectativa não propiciam o ambiente ideal para a cura. Algo diferente precisa ser aprendido e isto só acontecerá se você for capaz de enfrentar a dor, não se defendendo dela, mas deixando que ela passe por você, até que finalmente ela se vá, assim que você assimila o aprendizado.


Quando iniciei meus estudos sobre a filosofia oriental e o Taoísmo, o Wu wei passou a ser a  base para que eu pudesse me tornar uma terapeuta. Eu não posso fazer nada por ninguém, mas quando estou em estado de presença e comunhão com o Tao, em estado de Wu wei me torno canal de cura.


Ter a intenção gera ansiedade, a intenção é o gatilho do estado de ansiedade em si. Sempre ouvimos dizer que devemos ter a “intenção de” para que algo se inicie em nossa vida, mas é exatamente por isto que temos tantos desejos não satisfeitos.


A falta de confiança de que tudo acontece como tem que ser faz com que você lute por algo e, então, você passa a viver a energia do esforço contínuo da dificuldade. O sofrimento, a dor, o desejo...


Se você pretende curar alguma coisa em sua vida ou ser um curador, um terapeuta, precisa deixar de querer, de desejar.


Certa vez, em meus sonhos, pude avistar uma lembrança que num instante fugaz me fez retornar a uma vida passada. Nela, eu era um menino acolhido por um mestre que me amparou e me ensinou tudo o que sei hoje. Foi apenas um pequeno segundo no tempo e um momento eterno para o meu espírito, em que me vi recebendo o carinho desse mestre, que com um cobertor me protegeu do frio da noite.

Jamais esquecerei do sentimento que me tomou naquele instante que se tornou o mais importante em meu caminhar.
O significado dessa passagem é de que estou sempre amparada nas noites frias da alma e que um instante presente é eterno e que toda visão temporal é limitada.

Lembre disto, você também, não somos diferentes em nossas possibilidades. Você não está desamparado, permita-se estar em conexão com o mestre que o acompanha, com a sabedoria que o guia pela vida.


Confie um pouco mais e compreenda o aqui e agora como um portal para a sua cura, siga pelo caminho do Wu Wei.


Namastê, seja amor!

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segunda-feira, 15 de abril de 2019

Praticando a Gratidão



Como é bom se sentir grato! É um sentimento que dissolve os miasmas, as formas-pensamento, desfaz os nós , melhora o fluxo respiratório, faz o coração bater numa cadência suave. A leveza que o sentimento de gratidão oferece é incomparável. Faz fluir em nosso ser o amor incondicional por tudo, por todas as criações Divinas.
A gratidão nos faz entrar em contato com o milagre da vida e torna claro o porquê de estarmos aqui e agora. Passamos a compreender os sofrimentos como bênçãos que nos impulsionam ao crescimento espiritual.
Apoiados pela lei da causa e efeito, entendemos que o sofrimento, a doença e a dor, são respostas da vida para as nossas questões mal resolvidas.
Sim, é como se perguntássemos a Deus: O que fazer para ser feliz? Como resolver este vazio existencial? Como aprender a me amar e me relacionar com o próximo?
Recebemos na experiência diária todas as respostas para as nossas “pendências” com o compromisso espiritual de sermos plenos.
Gratidão é aceitação e despertar da consciência.


terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

O espírito nasce velho e morre criança...




Se você ainda não assistiu, eu recomendo que veja O Curioso Caso de Benjamin Button, conto de F. Scott Fitzgerald. Ele traz a história do personagem Benjamin, que nasce com a aparência e doenças de um velho e, com o tempo, vai rejuvenescendo, até se tornar um bebezinho.  O desenvolvimento psicológico acontece naturalmente, apesar do corpo de um velho, seu aprendizado cognitivo ocorre como em uma criança e após se tornar um adulto, ele começa a retroceder, até alcançar a pré-adolescência e adquirir os primeiros sinais de demência ou esquecimento de si mesmo.

O conto nos leva a uma série de reflexões sobre o tempo e nosso desenvolvimento psicológico e físico. Aqui proponho as observações que faço apoiadas na dimensão transpessoal, a qual me dedico.
A criança tem como característica, natural, um corpo bastante flexível e, aos poucos, atingindo a maturidade, começa a envelhecer fisicamente, perdendo sua agilidade, mais ou menos, dependendo de como ela vive. Psicologicamente o processo é parecido em alguns aspectos e diferente em outros. Sabemos que o nosso modo de pensar e agir influenciam em nossa longevidade, na saúde mental e física.

Quando o bebê nasce, ele é completamente solto de imposições do ego e com o tempo vai sendo moldado pela convivência com o meio. Esta personificação acontece segundo padrões externos que são internalizados e identificam uma pessoa, um indivíduo.

No âmbito transpessoal e da psicologia do corpo, entendemos que a mente e as emoções se corporificam e durante o processo de personificação, o adulto, quase sempre, vai ficando muito rígido, amparado por limites estreitos de seu entendimento sobre si. As couraças são criadas no decorrer de sua vivência e ele perde sua percepção de interação com o Todo e o seu imenso potencial. O Todo se refere ao conjunto das manifestações de vida do universo com a qual estamos entrelaçados.

Jung compreende que, após o amadurecimento psicológico, nos meandros do ego, iniciamos a fase da metanóia, da mudança, do clímax da dominação egoica , começamos o caminho de reencontro com o self, entendendo por self como a nossa essência não personificada.

Agora, levando em consideração que somos uma essência espiritual e já vivemos várias vidas terrenas, podemos dizer que nosso espírito velho, renasce num corpo novo. E analisando o filme por este ângulo, não parece tão insensato que um homem nascesse velho, rígido e doente, tornando-se dia a dia como uma criança saudável e flexível, sempre pronta a transformação.

O tempo, na jornada terrena, ensina que vivemos ciclos e que tudo se transforma. A ilusão de que morremos e que a velhice é o começo do fim, não condiz com nossa condição de espíritos eternos. A Natureza nos leva na velhice a admitirmos nossa pequenez diante da sua grandiosidade e a necessidade de nos curvarmos a ela.

O dia e a noite têm como glorioso ensinamento de que nada acaba e que tudo se renova. As interpretações que fazemos sobre todas as coisas, a vida, a morte, o tempo, o corpo e a mente, levam-nos para o  melhor ou o pior.

Os preconceitos arraigados sobre ser criança e ser adulto, têm nos feito infelizes, muitas vezes, ao acreditarmos que ser adulto é ser duro, rígido, sofrido e cheio de experiências dolorosas. Esta é a mensagem que tem enviado ao seu mundo interior, sua mente e seu corpo?
Reconecte-se com a sua postura de criança, que traz a mente e o corpo despertos, para a interação com algo maior, com o Todo.  

A vida terrena é uma experiência de transformação e renovação, onde deixamos para traz o homem velho, rígido e doente e assumimos a criança pronta a novos aprendizados evolutivos. Quem sabe, no conto do curioso caso de Benjamim, o mais curioso seja a nossa estreita visão sobre a vida?

Criamos a realidade a partir do que consideramos como real, em nosso infinito imaginário coletivo, que podado pela síndrome da adultice, impede-nos de sermos felizes, sendo condenados ao domínio da pouca criatividade do ser individual personificado e encouraçado.

Namastê, seja amor!
Nadya Prem

Orientação e |terapia transpesssoal
informe e valores nadyarsprado@gmail.com